É mais do que necessário que urgentemente, não tem como se esperar mais, as autoridades públicas enfrentem o problema do saneamento básico no Maranhão, afinal a falta do saneamento básico se reflete em problemas de saúde para a população e aumento da demanda do sistema público de saúde.

O Ranking do Saneamento de 2024, mais uma vez, mostra que ainda estamos longe de ter números minimamente dignos. São Luís está entre as seis  capitais brasileiras que aparecem nas últimas posições do levantamento do Instituto Trata Brasil.

Em sua 16ª edição, o estudo analisa a distribuição de água tratada e a coleta e o tratamento de esgoto nos cem municípios mais populosos do Brasil. Feito desde 2009, o estudo indica que a falta de acesso à água potável impacta quase 32 milhões de pessoas, e cerca de 90 milhões de brasileiros não possuem acesso à coleta de esgoto.

Manaus (AM), São Luís (MA), Belém (PA), Rio Branco (AC), Macapá (AP) e Porto Velho (RO) tratam menos de 25% dos detritos que vão para o esgoto todos os dias. Maceió (AL) também aparece no final da lista, mas consegue devolver 31,19% do esgoto que produz limpo para a natureza.

No Brasil, pouco mais da metade do esgoto é coletada — 56% do total. Quanto ao tratamento dos resíduos, 52,2% passam por algum processo antes de voltar à natureza. Na prática, mais de 5.200 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento são despejadas diariamente em cursos d’água como rios e córregos, na terra ou no mar.

É aguardar e conferir, mas algo precisa ser feito urgentemente.