Inicialmente é preciso esclarecer que existem diferenças em homenagens prestadas na Assembleia Legislativa do Maranhão, como a Medalha Manoel Beckman e o Título de Cidadão Maranhense.
Enquanto a medalha é levada em conta apenas a questão de merecimento, que é uma avaliação pessoal, o Título de Cidadão Maranhense vai além disso, já que o homenageado precisa atender a outros requisitos, entre eles ter residência fixa no Maranhão durante dez anos.
Dito isso, a proposta do deputado Yglesio Moyses (PSB), de entregar Título de Cidadão Maranhense a ex-primeira dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça, além de equivocada é ilegal.
O Blog até compreende a iniciativa de Yglesio, que foi atropelado na própria AL ao questionar outras homenagens semelhantes que não respeitaram as exigências do Titulo de Cidadão Maranhense, como a entregue para o jornalista Ricardo Cappelli, mas não pode concordar com a ilegalidade.
A Assembleia Legislativa do Maranhão não pode continuar banalizando o Título de Cidadão Maranhense. Se quer homenagear alguém que não tem vínculo efetivo com o Estado, que faça entregando a Medalha Manoel Beckman, ou outra honraria outorgada pela Casa, mas jamais transformar em maranhense alguém que não cumpre os requisitos mínimos exigidos para a homenagem.
Sendo assim, é importante sempre deixar claro que um erro não pode justificar outro.
O Plenário da AL ainda vai se posicionar sobre o Título de Cidadão Maranhense à Michelle Bolsonaro. O que não pode, nem deve jamais, é negar a homenagem agora, por ser esposa do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, e continuar a fazer outras entregas ilegais. Ou os deputados estaduais corrigem agora os inúmeros equívocos ou aprovam a homenagem e modificam a legislação.
É aguardar e conferir.
Parabéns pela coerência nas cobranças
É.
O justo pelo justo.
Pau que da em Chico também da em Francisco.
Seu Chico nasceu em São Luís viveu toda a sua vida servindo a sociedade, nas áreas da Saúde, da Educação, da Segurança, do Transporte, da Construção Civil, da Comunicação, cidadão íntegro, más é pobre, nunca recebeu uma homenagem institucional de reconhecimento pelos serviços prestados a sociedade Maranhense. Assim Caminha a Humanidade.
Perfeito! Basta tá na mídia que já querem homenagear! Absurdo ,mas nesse estado Ma ,tudo pode!
Se é ilegal, basta irem para justiça e acabar com essa molecagem toda
Bajulamento, no Maranhão, é cultural deve ter vindo da época dos senhores de escravos; precisamos de mais altivez e autoestima para sermos desenvolvidos.
O problema está justamente na falta de coerência. Pra uns pode, para outros não.
Meu caro amigo Jorge Aragão, você como quase sempre acerta na mosca. Em 2009 fizemos uma revisão no Regimento interno da Assembleia e delimitamos claramente quais homenagens o poder legislativo maranhense poderia prestar, dependendo do agraciado e das ações que os fizessem merecedores de tais homenagens e ficou estabelecido que para dar o título de cidadão maranhense para alguém seria indispensável que essa pessoa morasse e vivesse efetivamente no Maranhão pelo prazo mínimo de 10 (dez) anos. Nos casos de outras homenagens não se estabeleceu tempo de residência, pois os feitos dessas pessoas poderiam ser pontuais.
Gosto bastante do deputado Yglesio, mas neste caso ele poderia dar apenas uma das medalha disponíveis no regimento da Casa.