A greve dos rodoviários da Grande Ilha entrou no segundo dia nesta quarta-feira (07) e, mais uma vez, sem nenhum ônibus rodando, já que os rodoviários decidiram desrespeitar a decisão do desembargador federal Carvalho Neto, do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT), no Maranhão, que determinou que no mínimo 50% da frota atual continuasse rodando.

O Blog criticou duramente a proposta indecorosa do Sindicato das Empresas de Transporte (SET) que, de maneira surreal, queria retirar vantagens já obtidas pelos trabalhadores, bem como  criticou a Prefeitura de São Luís e o Governo do Maranhão por demorarem a participar da negociação, mas agora não tem como não criticar os rodoviários pela intransigência que penaliza apenas e tão somente o já sofrido usuário do transporte público da Grande Ilha.

Na terça-feira (06), houve uma rodada de negociação e com avanços, já que os empresários, que não queriam nem falar em reajuste, ofereceram 6%, se aproximando dos 10% solicitado pela categoria. Além disso, já houve uma promessa do prefeito da capital, Eduardo Braide (PSD), que a Prefeitura aumentaria o subsídio para assegurar o reajuste.

Como uma nova rodada de negociação acontecerá nas próximas horas e o Sindicato dos Rodoviários foi notificado da decisão judicial, não custava a categoria acatar a decisão judicial, pelo menos durante as negociações, para não prejudicar o usuário do transporte público.

A intransigência dos rodoviários é um desrespeito completo a decisão judicial e acontece porque as multas impostas nunca são efetivamente cobradas. Depois, a categoria só não pode reclamar se novamente ocorrer um pedido de prisão de membros do Sindicato dos Rodoviários, como ocorreu em fevereiro de 2022, através da desembargadora federal Solange Cristina Passos de Castro.

É aguardar e conferir, mas algo precisa ser feito, afinal o usuário do transporte público na Grande Ilha é que não pode ficar sem o seu direito constitucional de “ir e vir”.