O deputado estadual Yglesio Moyses, nesta terça-feira (10), criticou duramente a decisão do juiz da Vara de Interesse Difusos e Coletivos de São Luís, Douglas de Melo Martins, que anulou o processo de escolha do advogado Daniel Brandão para ser conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (reveja).

Yglesio também criticou os advogados que entraram com a ação nesse caso do TCE-MA, mas que não viram imoralidades em outras situações, como a substituições de titulares das pastas no Governo do Maranhão pelas suas esposas.

“Foram esquecidas decisões como quando Duarte Júnior saiu do Procon, deixando para a esposa. Quando Leni substituiu Márcio Jerry, na Secretaria das Cidades. Se tem imoralidade aqui, porque é que nunca foi questionada pelos nobres causídicos e dada nenhuma decisão contrária também da referida Vara no sentido da imoralidade dessas nomeações à esposa?”, questionou.

O deputado ainda lembrou o episódio do lockdown durante a pandemia, determinado pelo próprio juiz Douglas Martins. Yglesio ainda ressaltou que foi Flávio Dino quem nomeou recentemente o magistrado para um conselho nacional e insinuou que a decisão seria para agradar ao ex-governador maranhense.

“Querer colocar que foi um combinadão da Presidente da Assembleia ser colocada como governadora para assinar isso aqui como se fosse uma manobra sorrateira. Combinadão teve foi naquele lockdown, ali teve combinadão. Então, talvez, para quem faz combinadão em toda decisão tenha combinadão. O Governador saiu em viagem atrás de recurso para o Maranhão, por quê? Porque quem nomeou o juiz Douglas Presidente Nacional do Conselho Nacional de Política Criminal e Previdenciária deixou o estado quebrado Então, é um desserviço, é uma afronta ao princípio da separação dos Poderes, e não vou ficar calado, decisão aqui, para agradar Flávio Dino, no meu modo de ver, isso aqui só pode ter sido para isso, porque eu acho que nem o ministro pediu um negócio desse, porque é ousadia demais, mas pegou muito mal. Espero, realmente, que o magistrado reflita nas próximas”, finalizou.

Em aparte, o deputado e Líder do Governo, deputado Rafael, disse que o tramite foi o mesmo que ocorreu no caso da nomeação de Marcelo Tavares, ex-deputado e atual presidente do TCE. Rafael inclusive destacou que o prazo para inscrições foi ainda mais amplo que o determinado.

“Eu estou no terceiro mandato, a gente teve a participação, inclusive da vaga do conselheiro anterior, eleito pela Assembleia Legislativa, o conselheiro Marcelo Tavares e todos os ritos foram idênticos ao rito que elegeu o conselheiro Daniel Itapary. Nós abrimos o edital, o Regimento coloca 5 ou 6 dias. Ficou 8 dias o prazo de inscrição e foi o único escrito. Nós só tínhamos apenas um inscrito e ele cumpriu o requisito, notório saber, foi escrutinado, teve a sabatina”, disse Rafel.

O assunto deve parar no Tribunal de Justiça do Maranhão.

É aguardar e conferir.