Não é segredo para ninguém que ao longo dos anos os políticos foram banalizando o instituto da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), com as inúmeras comissões, na maioria das vezes desnecessárias.

A maior prova é que dificilmente alguém vai se lembrar de uma CPI que efetivamente trouxe algo de produtivo ou mesmo teve um efeito prático.

Se já não bastasse as inúmeras patacoada que presenciamos na CPI da COVID-19 no ano passado, nesta semana, em Brasília, tivemos o encerramento de duas comissões, que sequer tiveram o seu relatório votado.

No início da semana, foi encerrada a CPI das Apostas Esportivas e agora foi finalizada a CPI do MST (Movimento Sem Terra), ambas foram concluídas sem a votação do relatório.

Nesta quinta-feira (28), a CPMI dos atos do 08 de janeiro não realizou a oitiva com Alan Diego dos Santos, que foi condenado por participar da tentativa de explosão de uma bomba nas proximidades do Aeroporto de Brasília. A sessão foi suspensa, pasmem, por expectativa de baixo quórum de deputados e senadores.

A CPMI, que tem sofrido um enfraquecimento com decisões de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), também tem seu relatório final com um sério risco de não ser votado.

Oposicionistas já anteciparam que irão rejeitar o relatório final da CPMI que será apresentado pela senadora Elizane Gama (PSD-MA). Os parlamentares prometem preparar um texto alternativo.

E assim, os próprios políticos vão conseguindo banalizar o instituto da CPI.