Definitivamente, o presidente da CPMI dos atos do 08 de janeiro, deputado federal Arthur Maia (União Brasil), e a relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD), parecem já não falar mais o mesmo “idioma”.

Nesta terça-feira (22), por falta de acordo para o direcionamento da votação na CPMI, a sessão prevista foi cancelada.

Eliziane Gama defende defende a votação para as quebras de sigilo telemática e financeira do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), mas Arthur Maia se opõe a abrir uma vertente para apurar a suposta venda ilegal de joias doadas à Presidência da República, já que entende que o assunto só deve ser levado para a CPMI se for comprovado a sua relação com os atos do 08 de janeiro.

Depois de duas reuniões, muito bate-boca e sem acordo, Arthur Maia cancelou a sessão deliberativa marcada desta terça-feira, já que governistas e de oposicionistas não conseguiram chegar num acordo sobre os requerimentos a serem votados.

Oitivas – Os próximos depoentes já com datas confirmadas são todos militares: coronel Fábio Augusto Vieira, sargento Luis Marcos dos Reis e general Gonçalves Dias.

Na quinta-feira (24), será ouvido Luis Marcos dos Reis, sargento do Exército que integrava a equipe da Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O coronel Fábio Augusto Vieira, ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, será ouvido na terça-feira da semana que vem, dia 29 de agosto.

Também na semana que vem, mas na quinta-feira (31), será a vez do general Gonçalves Dias, que comandou o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) no Governo Lula, mas pediu demissão após aparecer interagindo com alguns dos invasores do Palácio do Planalto no dia 08 de janeiro.

É aguardar e conferir.