A Câmara de Vereadores aprovou por unanimidade, na íntegra e sem emendas, o PL do prefeito da capital maranhense, Eduardo Braide (PSD), que assegurou o reajuste histórico de 8,2% para os servidores da Prefeitura de São Luís.

No entanto, após a votação, alguns ainda tentaram acirrar uma disputa desnecessária e que jamais deveria existir. Cada um – Executivo e Legislativo – tem o seu papel, ambos importantes e previstos na Constituição Federal, mas acima de tudo deve sempre prevalecer o espírito público.

O debate, a discussão, as discordâncias, fazem e sempre farão parte da política, mas os verdadeiros políticos e gestores precisam sempre colocar a frente a vontade do povo, o espírito público, em detrimento de quaisquer querelas políticas.

O embate travado entre Executivo e Legislativo, quando da aprovação do reajuste dos servidores, demonstrou que ambos os lados tinham argumentos plausíveis no debate.

O prefeito Braide tinha razão quando vetou as emendas, afinal a Procuradoria do Município disse que eram inconstitucionais, pois o Legislativo não pode legislar sobre Orçamento do Executivo, isso sem falar que as modificações inviabilizaram o projeto, não só pelo acréscimo de mais R$ 800 milhões, mas também pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

Só que isso não faz ninguém de vencedor ou de perdedor, já que os vereadores buscaram contemplar outras categorias, que não estavam inseridas no PL.

O que precisa ser destacado nessa celeuma toda é que o espírito público prevaleceu. O próprio posicionamento do presidente da Câmara de Vereadores, Paulo Victor (sem partido), quando da votação do reajuste, demonstrou claramente que o Legislativo não seguiria “esticando uma corda” que poderia prejudicar mais de 23 mil servidores públicos.

Sendo assim, se teve um vencedor, esse foi o servidor público da Prefeitura de São Luís, que receberá já em julho, com retroativo a maio, o salário reajustado.