As oitivas da CPMI dos atos do 08 de janeiro tiveram sequencia nesta quinta-feira (22), mas o depoimento mais aguardado do dia, do empresário George Washington de Oliveira Sousa, preso e condenado por ter tentado detonar uma bomba para explodir um caminhão-tanque no aeroporto de Brasília, acabou sendo frustrante.

George Washington não respondeu a praticamente nenhuma pergunta e se limitou a dizer que: “manterei o direito de ficar calado”.

Na parte da manhã, quem prestou esclarecimentos na CPMI foi o delegado da Polícia Civil Leonardo de Castro, que traçou a cronologia da tentativa de explosão de um caminhão perto do Aeroporto Internacional de Brasília, no dia 24 de dezembro. Segundo ele, o fato está diretamente ligado à tentativa de invasão da sede da Polícia Federal, em 12 de dezembro, no dia da diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente da República.

A relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), se referiu ao episódio do dia 24 de dezembro como um evento de conteúdo terrorista, com o objetivo de destruir a democracia brasileira. Ela elogiou a celeridade da investigação feita pela Polícia Civil do DF, ressaltando, no entanto, que ainda há dúvidas sobre o financiamento e sobre a participação de outras pessoas na tentativa de explosão do caminhão de combustível.

Eliziane também afirmou que vai incluir, na versão final do relatório, uma sugestão de notícia-crime do PSOL contra o ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, por ele supostamente ter apresentado “dados falsos” na CPMI.

A relatora também anunciou os nomes dos próximos ouvidos na comissão.

“Na segunda-feira, 26, a CPMI tomará o depoimento de Jorge Eduardo Naime (ex-chefe do Departamento Operacional da Polícia Militar do DF). Na terça, 27, o convocado é o coronel do Exército, Jean Lawand Júnior”, finalizou.

É aguardar e conferir.