Logo no primeiro dia de oitiva da CPMI dos atos do 08 de janeiro, tivemos a sensação de que os trabalhos devem ser bastante tumultuados.

O primeiro a prestar esclarecimentos na CPMI foi o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques, que durante quase 12 horas respondeu a questionamento dos parlamentares.

A relatora da CPMI, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), que se envolveu numa discussão com o deputado Delegado Éder Mauro (PL-PA), bate-boa que ocasionou a suspensão temporária da oitiva, fez uma avaliação do primeiro dia efetivo de trabalho da CPMI.

“Resumo da oitiva de hoje: Quem deveria falar a verdade, mentiu. Quem deveria se calar, enquanto o colega falava, se alterou e tumultou. Nada disso nos demove no caminho a ser perseguido. Fatos, atos e provas prevalecem em detrimento de narrativas e tentativas de tumulto”, destacou Eliziane.

A CPMI aprovou na terça-feira (20) mais uma série de requerimentos de solicitação de informações e convocações para oitivas. Um dos nomes a serem ouvidos pela comissão será o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, general Gonçalves Dias.

Na semana passada, a comissão havia rejeitado a convocação de Gonçalves Dias, flagrado interagindo com alguns dos protagonistas dos atos do 08 de janeiro.

É aguardar e conferir, mas se seguir assim a CPMI será apenas uma repetição da CPI da Covid, e, provavelmente, com o mesmo triste fim.