O ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), chegou a ser duramente criticado pela imprensa por gordofobia, ao fazer piada sobre a forma física do então governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB).

Só que mudou o presidente, saiu Bolsonaro e chegou Luiz Inácio Lula da Silva (PL), e as “brincadeiras” seguiram.

A continuidade das “brincadeiras” levaram a imprensa nacional a abordar o assunto e tratando em tom de deboche como “gordofobia do bem”.

Na reunião de ministros, na quinta-feira (15), Lula voltou a debochar da forma física de Flávio Dino, agora ministro da Justiça e Segurança Pública.

Durante discurso veiculado pelos canais oficiais do Planalto, Lula informou que o encontro com os subordinados duraria “umas seis horas ou um pouco mais”. Na sequência, o presidente explicou que o almoço seria “uma comida leve” servida à mesa, sem que ninguém precisasse levantar. O titular da Justiça foi o único citado nominalmente pelo presidente, em tom de piada:

— O Flávio Dino também, mas vamos trazer pouca comida para ele — disse Lula, sob gargalhadas dos presentes. Uma voz feminina ao fundo, não identificada, chega a ponderar: “Isso é bullying”.

Só que esta não foi a primeira vez que, publicamente, Lula debochou da forma física de Dino. Em março, em outro evento oficial, Lula fez comentário semelhante sobre o aliado. Na ocasião, após afirmar que “a obesidade causa tanto mal quanto a fome”, o presidente dirigiu-se ao ministro:

— Por isso que o Flávio Dino está andando de bicicleta, porque ele sabe que vai precisar que o Estado cuide com muito carinho desse mal.

Assim como aconteceu na primeira referência ao peso do ministro, Lula recebeu críticas nas redes sociais pelo comentário.

O curioso é que, ao contrário do que fez com Bolsonaro, Flávio Dino preferiu não comentar as “brincadeiras” de Lula.