Mais uma vez, nesta terça-feira (25), a Grande Ilha amanhece sem o transporte público coletivo e prejudicando milhares de pessoas que precisam dos ônibus urbanos e semiurbanos para se deslocarem.

Diante de uma nova paralisação promovida pelo Sindicato dos Rodoviários, a pergunta que se faz é: até quando???

É bem verdade que o transporte público tem sido o maior desafio das grandes cidades e regiões metropolitanas, mas é preciso de unidade de todos os setores e segmentos para encarar e resolver o problema.

Também mais uma vez, a Justiça do Trabalho, determinou que 70% da frota circulem normalmente, mas novamente os rodoviários não cumprem a determinação.

No entanto, o que se pergunta é quando os empresários serão cobrados, inclusive pelo Poder Judiciário???

A Prefeitura de São Luís, através da Secretaria de Trânsito e Transporte (SMTT), não negou o atraso nos repasses do subsídio para o Sindicato das Empresas de Transporte (SET), mas justifica, de maneira acertada, que os repasses não estão sendo feitos pelo fato das empresas não terem cumprido sua parte no acordo.

Em fevereiro de 2023, quando do último acordo entre as partes, a Prefeitura de São Luís e o Governo do Maranhão se comprometeram a repassar o subsídio para as empresas, mas condicionando o repasse a melhorias no serviço, a exemplo do aumento da frota e a volta do ar-condicionado nos coletivos, o que não ocorreu. Além do acordo, tivemos um reajuste no valor da passagem.

Diante do péssimo serviço que é prestado pela maioria das empresas de transporte da Grande Ilha, inclusive com os ônibus, quase na sua totalidade, circulando com o ar-condicionado desligado, os repasses foram suspensos.

A suspensão foi o suficiente para que os empresários, que não cumpriram sua parte no acordo, alegassem não ter condições de reajustar o salário dos rodoviários.

É preciso que os empresários sejam cobrados para o cumprimento do acordo celebrado, inclusive pela Justiça do Trabalho, não se focando apenas as atenções nos rodoviários e/ou na Prefeitura de São Luís e Governo do Maranhão.

Além disso, é preciso que se trate o problema com seriedade, sem politicagens como alguns têm feito, já que de maneira proposital políticos tem se referido a nova greve dos rodoviários como sendo um problema exclusivo de São Luís, mas esquecendo e desrespeitando os usuários do transpor público coletivo da Raposa, São José de Ribamar e Paço do Lumiar, uma vez que o problema alcança a Grande Ilha e não apenas a capital maranhense.

Sendo assim, já passou do período de ser pensar e implantar um novo modal de transporte público coletivo para a Grande Ilha e, enquanto isso não se concretiza, unir forças em prol de quem mais precisa e mais sofre nessa celeuma lamentável, o usuário dos ônibus urbanos e semiurbanos.

É aguardar e conferir.