Um dos principais assuntos da semana passada foi a eliminação do Big Brother Brasil 23, do cantor MC Guimê e do lutador Antônio “Cara de Sapato”, ambos acusados de importunarem sexualmente Dania Mendez, uma mexicana que participa do reality show no México e que entrou rapidamente na casa “mais vigiada do Brasil”.

Quem teve a oportunidade de olhar as cenas não pode ter dúvidas que ambos extrapolaram os limites, mesmo a vítima dizendo que não teria visto nenhuma maldade de ambos e ter chorado bastante e lamentado a saída dos dois participantes.

No entanto, algumas pessoas que acompanham o BBB acharam a eliminação de ambos exagerada. Pior é que os dois já foram intimados pela Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Jacarepaguá para prestarem depoimento no inquérito em que eles são investigados pelo crime de importunação sexual.

Só que nesse mesmo BBB 23 tivemos episódios semelhantes ou até piores. O ex-participante Bruno Gaga assediou demasiadamente o ator Gabriel Santana em uma festa no reality no dia 11 de fevereiro.

Em uma das cenas foi possível ver Gabriel sendo agarrado por Bruno, enquanto o brother tenta beijá-lo sem seu consentimento.

Pior é que essa não foi a primeira vez que o ator Gabriel Santana foi assediado e demonstrava constrangimento pelas atitudes de Gaga. Em outra festa, no dia 04 de fevereiro, Bruno Gaga começou a tentar beijar Gabriel logo no começo do evento. Em vários momentos foi possível vê-lo agarrando o ator por trás, abraçando-o e até mesmo tentando arrancar alguns selinhos. O artista ficou o tempo todo se esquivando.

Já a atriz Bruna Griphao deu uma encoxada, seguido de uma dedada, no influenciador digital Fred, também participante do BBB.

O curioso é que, apesar das inúmeras manifestações nas redes sociais condenado as outras atitudes, nem a produção do BBB e muito menos a Polícia Civil do Rio de Janeiro conseguiram enxergar o assédio cometido, mas no episódio envolvendo MC Guimê e Cara de Sapato o entendimento foi outro.

Será que a medida tomada agora pelo BBB e pela Polícia Civil do Rio de Janeiro foi feita pelo fato da vítima ser uma mulher mexicana, enquanto a outra vítima era um homem, que se diz bissexual, e no outro caso porque a “brincadeira” feita foi de uma mulher num homem ???

O certo é que ficou a nítida impressão de dois pesos e duas medidas ou de uma hipocrisia sem tamanho.