Pela terceira vez consecutiva, a Justiça do Maranhão confirma a ilegalidade da greve dos professores da rede pública estadual comandada pelo Sinproesemma, que está na sua terceira semana.

Nesta quinta-feira (16), o Tribunal de Justiça, através do desembargador Jamil de Miranda Gedeon Neto, ao deferir o pedido do Governo do Maranhão para realizar novo bloqueio nas contas do Sinproesemma, tendo em vista o descumprimento das decisões anteriores do Poder Judiciário.

O novo bloqueio alcança a quantia de R$ 1.800.000,00 (hum milhão e oitocentos mil Reais). Veja abaixo trecho da nova decisão, confirmando a ilegalidade do movimento grevista.

“Assim, defiro o pedido constante do petitório de ID 24239977, determinado, então, novo bloqueio de valores nas contas do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado do Maranhão (SINPROESEMMA), calculados com base na quantia de R$ 100.000,00 (cem mil reais), por dia de descumprimento, no período de 27/02/2023 e 03/03/2023 (5 dias), e de R$ 130.000,00 (cento e trinta mil reais) diário, de 06/03/2023 a 15/03/2023 (10 dias), o que totaliza R$ 1.800.000,00 (um milhão e oitocentos mil reais), como dispõem os artigos 139, IV, 536, §1o e 537, caput, do CPC”, destacou o desembargador Jamil Gedeon. Clique aqui e veja a nova decisão.

O Governo do Maranhão, como última proposta, apresentou um reajuste de 11%, bem próximo dos 14,99% exigido pelo Sinproesemma, que entende que o Estado tem a obrigação de conceder o mesmo reajuste do Governo Federal, mesmo já pagando acima do piso nacional.

No entanto, além da exigência não ter nenhum amparo legal, o Sinproesemma, no Governo Carlos Brandão, parece ter despertado de um sono profundo de sete anos e meio, tempo em que Flávio Dino foi governador. Jamais o sindicato realizou nenhuma greve, mesmo quando o Governo Bolsonaro concedeu um reajuste de 33% e o Governo Dino só reajustou em 8% os vencimentos e nem de longe se notou essa atual intransigência do Sinproesemma.

O próximo capítulo dessa novela lamentável e que vai prejudicando a educação maranhense será na segunda-feira (20), quando acontecerá uma nova reunião no Ministério Público.

É aguardar, conferir e torcer para o fim da instransigência e politicagem do Sinproesemma, prevalecendo o bom senso e o retorno imediato das aulas na rede pública estadual.