O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP), filho do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), utilizou a Tribuna da Câmara Federal para questionar a tranquilidade como o ministro da Segurança Pública, Flávio Dino, entrou no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

Eduardo Bolsonaro exibiu um vídeo do momento da chegada de Dino mostrando que ele não teve dificuldade para entrar na comunidade. O ministro e os auxiliares dele estavam em apenas duas viaturas oficiais. O maranhense teria participado de um evento na favela.

Diante do cenário, Eduardo Bolsonaro sugeriu a convocação do ministro para que ele possa explicar o que fazia no local e o seu suposto envolvimento com o crime organizado.

“Flávio Dino, o ministro que entra na Maré, complexo de favelas mais armado do Rio, com apenas 2 carros e sem trocar tiros Vamos convocá-lo na Com. Segurança Pública para explicar o nível de envolvimento dele e seu chefe, Lula, com o crime organizado carioca. Isto é um absurdo! Bem como o que ele foi discutir lá: desarmamento? Recadastramento? Assassinato de policiais? Apreensão de drogas? Ou agradecer o crime por não permitir propaganda de Bolsonaro nestas áreas durante as eleições? Quem dera todo brasileiro pudesse sair às ruas nas grandes cidades com a mesma tranquilidade que Flávio Dino chega na Maré. Lembrando: Dino é o ministro da Justiça de Lula. E o Complexo da Maré é dominada pelo tráfico do Rio. Mas claro, tudo pura coincidência”, afirmou Eduardo Bolsonaro.

Além de Bolsonaro, outros deputados também questionaram a ida de Dino no Complexo da Maré. O deputado Carlos Jordy (PL-RJ) apresentou um requerimento pedindo a presença do ministro na Câmara Federal.

“A entrada do ministro no Complexo da Maré, sem qualquer proteção policial, utilizando apenas dois veículos, sem qualquer respaldo de segurança institucional, sugere entabulação entre o governo e a facção criminosa, situação que precisa urgentemente ser esclarecida”, completou.

O deputado Hélio Lopes (PL-RJ) pediu a convocação de Dino para se explicar à Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. “O ministro entrou sem segurança em uma das comunidades mais armadas e violentas do Brasil e as pautas abordadas não foram questões como desarmamento ou recadastramento de armas. Foram discutidas, sim, as mortes ocasionadas pelas ações policiais. Por qual motivo não foi discutida a morte de policiais?”, questionou.

É aguardar e conferir, mas vale lembrar que outros requerimentos já haviam sido apresentados para ida de Dino na Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.