É inegável que o governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), se destacou na articulação e conseguiu em duas eleições complicadas, FAMEM e Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, lograr êxito e, o mais importante, manter a unidade do seu grupo político.

No entanto, algo ainda mais impressionante tem chamado atenção. Se o ex-governador Flávio Dino enfrentou uma Oposição pequena na Assembleia Legislativa, Brandão praticamente não terá nenhum deputado oposicionista, pelo menos nesse primeiro momento.

Os deputados já estão se dividindo em três blocos na AL, mas todos dando sustentação ao Governo do Maranhão. A divisão dos blocos serve para organizar o funcionamento das sessões ordinárias e das comissões técnicas.

O primeiro bloco, que será o maior de todos com 25 parlamentares, será comandado pela deputada Ana do Gás (PCdoB). O Blocão contará com os partidos: PSB, PP, PL e Federação (PT, PCdoB e PV).

O segundo bloco contará com dez deputados e será comandado pelo deputado Neto Evangelista (União). Além do União, os partidos Republicanos, MDB, PDT e Patriota integram o bloco.

O terceiro bloco terá sete deputados e terá como líder o deputado Eric Costa (PSD). Integram o bloco os partidos: PSD, PSC e Podemos.

Os três blocos devem apoiar o Governo Brandão, que, neste primeiro momento, não terá nenhum deputado contrário. Ou seja, Brandão deve iniciar um governo com bastante tranquilidade e mais harmônico do que nunca com o parlamento estadual.

O resultado desse início de governo sem turbulência é fruto da boa articulação de Brandão e da postura antagônica ao seu antecessor.