Não tá fácil para o senador eleito e futuro ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB). Em menos de 48 horas, Dino tem duas baixas na sua futura equipe no Governo Luiz Inácio Lula da Silva.

Depois de recuar e desconvidar Edmar Moreira Camata para o cargo de diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), pelo histórico político (reveja), Dino teve outra baixa nesta sexta-feira (23).

O coronel da polícia militar Nivaldo César Restivo informou, em nota, que desistiu de assumir a Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça.

Nivaldo havia sido anunciado na quarta-feira (21) por Flávio Dino, mas a indicação estava sendo bastante criticada por integrantes da equipe de transição porque o coronel teria relação com o massacre de presos no Carandiru, em 1992, em São Paulo.

Na nota, Restivo agradeceu ao convite, mas disse que não conseguiria conciliar o trabalho com questões familiares.

A Secretaria Nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, para a qual o coronel havia sido designado, terá na estrutura a coordenação do Departamento Penitenciário Nacional e da polícia penal. Nivaldo é ex-secretário da Administração Penitenciária em São Paulo.

Flávio Dino agora busca outro nome e evitar mais baixas na sua futura equipe.