No episódio envolvendo uma eventual ida do secretário de Segurança do Maranhão, Coronel Sílvio Leite, na Assembleia Legislativa, o que mais chamou atenção nem foi o fato que alguns, maldosamente, afirmaram que o gestor público teria sido convocado, quando na realidade foi convidado a comparecer ao parlamento maranhense, mas sim o milagre que a política consegue fazer.

Durante os últimos três anos, deputados oposicionistas como Wellington do Curso, César Pires e Adriano Sarney, tentaram, quase sempre em vão, levar gestores públicos para prestarem esclarecimentos na Assembleia Legislativa, mas o restante dos deputados, ou seja, 39 deputados estaduais jamais sequer cogitaram aprovar nem mesmo um simples convite.

No entanto, após a divisão do grupo político comandado pelo ex-governador Flávio Dino, alguns deputados começaram a pensar e agir diferente, mudando sua postura no parlamento da “água para o vinho”.

Deputados que não achavam interessante aprovar, nem ao menos discutir, convites para secretários estaduais, agora entendem que é importante a ida desses gestores no parlamento maranhense. Deputados que durante sete anos e três meses não viam defeitos na gestão de Flávio Dino, agora conseguem enxergar todos os defeitos possíveis, até os inexistentes, em uma gestão que tem menos de três meses.

É o milagre da política.