Pelo visto, a promotora de justiça Karina Freitas Chaves está fazendo “escola”, já que depois que ela conseguiu na Justiça cancelar o show do cantor Wesley Safadão, que aconteceria em Vitória do Mearim, no dia 24 de abril, e que só o cachê do artista seria de meio milhão de Reais, outros promotores parecem que vão seguir o mesmo bom exemplo.

Nesta quarta-feira (13), o Ministério Público, através da promotora de justiça Sandra Soares de Pontes, entrou com uma Ação Civil Pública contra o Município de Bacabal para suspender as comemorações de aniversário da cidade, com a banda Xand Avião e outros artistas, pagos com recursos públicos.

Segundo o MP, a festa está prevista para ocorrer neste sábado (16) e domingo (17), com custos que totalizam quase R$ 750 mil. A documentação enviada pela Prefeitura de Bacabal apontava que o contrato com a banda Xand Avião custaria aos cofres públicos R$ 270 mil. Já com o show da banda Rosa de Sauron, seriam gastos R$ 90 mil. Seriam gastos, ainda, R$ 55 mil com o cantor Henry Freitas; R$ 55 mil com o cantor Pastor Cícero Oliveira; R$ 18 mil com o cantor Bruno Shinoda, além de R$ 260.536,00 com palco, tablado, camarote, trio elétrico, entre outros itens para a estrutura das apresentações.

O pedido do MP parece razoável, mas o problema, nesse caso, é que a solicitação, que parece só ter sido feita após o episódio em Vitória do Mearim, ficou bem próxima do evento, que já está marcado para o próximo fim de semana.

Ou seja, muito provavelmente, boa parte desses cachês já foram pagos e um cancelamento pode resultar num prejuízo maior ao Município. Ao que parece, dormiu no ponto o Ministério Público, que demorou a se posicionar, solicitando o cancelamento do evento faltando apenas três dias da sua realização.

No Direito, existe um provérbio latim que diz “dormientibus non succurrit jus”, que significa: “o direito não socorre aos que dormem”.

É aguardar e conferir um posicionamento da Justiça.