O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de São Luís (SET) afirmou nesta quarta-feira (16), em entrevista coletiva, que o auxílio emergencial da Prefeitura para o setor de transporte no valor de R$ 4 milhões por mês – totalizando R$ 20 milhões em cinco meses – é pouco para as empresas.

Isso mesmo. Coube ao diretor do SET, Paulo Renato Pires, reconhecer para a imprensa que o sindicato, com esse montante de R$ 20 milhões de auxílio, não consegue fazer o sistema funcionar.

Vamos aos fatos. Na última greve, em outubro do ano passado, o próprio SET fez a proposta do valor e o prazo do auxílio emergencial. O mesmo SET acordou que pagaria as pendências trabalhistas com os rodoviários para que os ônibus voltassem às ruas. O que ocorreu após mediação da Prefeitura.

Fica uma dúvida. Como é que o SET, que propôs o valor e o prazo do auxílio, diz agora que esse valor é “insuficiente” para o sistema de transporte?

E aqui o blog faz mais um questionamento ao SET: o que foi feito com os R$ 16 milhões já recebidos de auxílio da Prefeitura?

Resumindo. O SET quer forçar uma situação de fragilidade financeira no sistema de transporte, o que não existe. E, além disso, esqueceu o básico: cumprir com a sua parte no referido acordo firmado lá em 2021.

Isso sem deixar de esquecer que mesmo depois da Prefeitura de São Luís cumprir a sua parte no acordo celebrado, rodoviários de algumas empresas ainda paralisaram as atividades, justamente por, pasmem, falta de pagamento dos seus salários pelos empresários.

A população de São Luís espera uma postura responsável dos empresários.

TRT – Também nesta quarta-feira, a desembargadora Solange de Castro, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no Maranhão deferiu nova liminar solicitada pela Prefeitura de São Luís e determinou o desconto dos dias não trabalhados dos salários dos rodoviários em greve na capital.

A desembargadora afirma que não houve o cumprimento da determinação de manutenção de percentual mínimo de ônibus circulando, “há abusividade e ilegalidade a ser declarada do movimento grevista promovido pelas partes ora demandadas”. A determinação era que 80% da frota circulasse e diante dessa negativa, o movimento foi considerado ilegal.

Vale destacar que em entrevista na TV Mirante, o secretário de Relações Jurídicas do Sindicato dos Rodoviários do Maranhão, Matias Ferreira, declarou que a categoria não pretende mesmo cumprir as determinações, afinal “liminar não faz carro rodar”.

É aguardar e conferir.