O filme vai se repetindo. Depois de 12 dias de paralisação do transporte público em 2021, os rodoviários iniciaram, nesta quarta-feira (16), uma nova paralisação por tempo indeterminado, deixando a população da Grande Ilha sem ônibus.

Os rodoviários alegam que decidiram pela greve pelo fato dos empresários não terem demonstrado, durante audiência no Ministério Público do Trabalho, boa vontade nas negociações. Além disso, os rodoviários alegam que os empresários fizeram uma proposta para os trabalhadores, considerada, no mínimo, desrespeitosa. A sugestão seria conceder reajuste salarial de 5%, mas mediante, a demissão de todos os cobradores do sistema.

Os empresários prometem se manifestar oficialmente sobre a greve em entrevista coletiva, na parte da tarde desta quarta-feira.

A Prefeitura de São Luís, através da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), informa que vem cumprindo o acordo firmado em novembro do ano passado com os sindicatos dos empresários e rodoviários, no repasse do auxílio emergencial ao sistema de transporte público, no valor de R$ 4 milhões mensais. O auxílio emergencial foi prorrogado inclusive por mais dois meses (fevereiro e março), totalizando R$ 20 milhões ao setor em cinco meses. Diante disso, a Prefeitura de São Luís diz esperar por um entendimento entre trabalhadores e empresários para o fim da paralisação.

Por conta do impasse, o Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região determinou que o Sindicato dos Rodoviários mantenha 80% da frota do transporte público na Região Metropolitana em circulação durante a greve, o que fatalmente não está acontecendo.

Ou seja, mais uma vez o maior prejudicado acaba sendo o usuário do transporte público de São Luís, que está sem os ônibus e dificilmente escapará, dessa vez, de um reajuste na tarifa.

É aguardar e conferir.