O delegado da Polícia Civil e agora ex-Secretário de Segurança Pública do Maranhão Jefferson Portela em entrevista ao Ponto Final, na Rádio Mirante AM, detalhou sua saída da pasta que aconteceu após a escolha do pré-candidato da base governista.

Portela explicou que a sua saída foi para não criar um constrangimento no grupo, uma vez que sua escolha foi pelo apoio à pré-candidatura do senador Weverton Rocha.

“Nós estamos em um processo de escolha de candidatos majoritários. E houve no grande campo político do governador Flávio Dino a apresentação de outras candidaturas que não só a do vice governador. Tivemos o lançamento da candidatura do secretário Simplício Araújo que manteve a posição. Já estava a do vice-governador e a do senador Weverton. E aí houve a definição dos campos em relação a um nome . E eu já decidido pelo meu apoiamento a candidatura do senador Weverton Rocha. Anunciei isso em outubro do ano passado. Mas agora foi oficial. E assim, tomando essa posição, é claro que nós não iriamos criar constrangimento e eu faço questão de esclarecer isso”, disse Jefferson Portela.

O ex-secretário também esclareceu porque não deixou a pasta logo após seu manifesto apoio ao pré-candidato do PDT.

“Na sexta-feira, antes da reunião do dia 31, o meu então secretário adjunto, Leonardo Diniz, testou positivo para a Covid. O resultado saiu na sexta, de modo que eu não poderia, irresponsavelmente, deixar o sistema de segurança naquele período. O Jeferson tem uma posição? Tem! Posição política tem que estar submetida a responsabilidade pública com a gestão de segurança pública. Então, eu não ia praticar nenhuma aventura e deixar a secretaria com o meu sucessor imediato afastado por covid. E eu sou um profissional de carreira de dentro do sistema”, explicou o ex-secretário de segurança.

Portela destaca que aguardou a recuperação do seu secretário adjunto para pedir a exoneração do cargo por entender que não caberia mais ser Secretário de Segurança Pública sendo apoiador de um adversário político do governo.

“Tivemos toda calma. Eu não posso priorizar nem a minha candidatura, nem a de alguém que por ventura apoie em detrimento do funcionamento do sistema de segurança. Então eu fiquei calado e aguardei. Na segunda pela manhã, doutor Leonardo fez o teste e deu negativo. Aí o governador assinou concordando com meu pedido de exoneração por conta de ter tomado uma posição política em prol da candidatura do senador Weverton e não da candidatura do vice Carlos Brandão”, destacou Jefferson Portela.

O ex-secretário anunciou que se filia ao PDT, nesta sexta-feira (11), para concorrer a uma vaga no legislativo federal.

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