Neste fim de semana, o presidente da República, Jair Bolsonaro, de maneira desnecessária, se envolveu em mais uma polêmica sobre a vacinação contra a Covid-19, em crianças na faixa etária de 5 a 11 anos.

Bolsonaro levantou suspeita sob o comando da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo fato do órgão autorizar a imunização dessa faixa etária. O diretor-presidente Anvisa, Antonio Barra Torres, rebateu as insinuações e cobrou uma retratação do presidente da República. Veja abaixo.

No entanto, no episódio chamou atenção o comentário do governador do Maranhão, Flávio Dino, que elogiou a postura de Barra Torres.

“Esse documento integra a história do Brasil por dois motivos: trata-se de um oficial-general reagindo às múltiplas agressões daquele que deveria honrar as Forças Armadas, e não o faz. E é o registro de um tempo em que a coação e a mentira são métodos de governo”, escreveu.

Só que o mesmo Flávio Dino, por algumas vezes, criticou a postura de Barra Torres e da Anvisa ao, de maneira acertada, vetarem a compra da tal vacina russa Sputnik V, que o Consórcio Nordeste, o mesmo dos respiradores caríssimos e que nunca chegaram aos seus destinos, insistiam em adquirir, mesmo sem o fabricante ter passado as informações necessárias para a Anvisa.

Como o tempo é o senhor da razão, no episódio da Sputnik V quem sempre esteve do lado da ciência, da razão e coerência, não foi Flávio Dino, mas sim a Anvisa e Barra Torres, que agora, por ter acertadamente reagido a tola insinuação de Bolsonaro, teve sua postura elogiada pelo governador maranhense.

Esse Flávio Dino…