Definitivamente, Flávio Dino (PSB) está longe de ser considerado um bom articulador político e isso, mais uma vez, ficou claro na reunião da segunda-feira (29), quando anunciou oficialmente, o que todos já sabiam, sua predileção pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB) para disputar o Governo do Maranhão em 2022.

Só que apesar de deixar claro o apoio que dará a Carlos Brandão, Flávio Dino recuou na decisão de “bater o martelo” na unidade do grupo político em torno do nome escolhido.

Dino já havia definido que após o anúncio da sua decisão, daria dois dias para um posicionamento de todos e quem não seguisse o seu projeto do ano que vem, estaria automaticamente fora da sua gestão, tanto que uma mini reforma estava pronta para o dia 1º de dezembro.

No entanto, Dino cedeu a alguns apelos feitos por presidentes de partidos, principalmente os ligados ao senador e pré-candidato pelo PDT, Weverton Rocha, que queriam o adiamento da decisão.

Tentando agir igual Salomão, Flávio Dino encontrou um meio termo, mas que desagradou a todos. Dino, apesar de confirmar que apoiará Brandão, concedeu mais dois meses para que os partidos tentem buscar uma unidade em torno do nome do pré-candidato definido.

“Nesta segunda, fizemos reunião com os 13 partidos que compõem o nosso governo. A eles manifestei a posição de apoiar a pré-candidatura do vice-governador Carlos Brandão ao cargo de governador em 2022. Agora os partidos vão debater em busca da máxima unidade”, afirmou Dino.

O problema é que o grupo de Weverton não gostou do anúncio antecipado de Brandão, enquanto que o grupo de Brandão esperava mais pulso do governador e não permitisse que aliados de Weverton, que não estarão com Brandão em 2022, permaneçam no Governo Dino por mais dois meses.

E foi assim que Flávio Dino, equivocadamente, conduziu a reunião desta segunda-feira.

É aguardar e conferir, afinal teremos desdobramentos.