Definitivamente o governador do Maranhão, Flávio Dino, está perdido no enfrentamento da pandemia da Covid-19 e, por conta disso, deixa suas contradições, já conhecidas, ainda mais latente.

No início do mês, mesmo com o Maranhão ainda distante de alcançar 50% da população imunizada com a Covid, Flávio Dino resolveu baixar um decreto desobrigando os maranhenses de usarem máscaras em locais abertos e até mesmo em locais fechados, dependendo do avanço da vacinação.

Por conta dessa decisão, Dino foi criticado, inclusive pela então governadora em exercício do Piauí, Regina Sousa (PT), e pela ex-governadora do Maranhão, Roseana Sarney (MDB), ambas classificaram a decisão precipitada do governador maranhense.

Muitos chegaram a questionar qual seria a reação de Flávio Dino, caso essa decisão fosse tomada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, de liberar o uso de máscaras com o Brasil tendo menos de 50% da população vacinada???

Nesta semana, no entanto, Dino e seus auxiliares tomaram decisões diferentes e contraditórias.

O secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, ao comentar sobre o Carnaval, decidiu transferir a responsabilidade aos prefeitos municipais, deixando claro que caberá a cada gestor decidir pela realização ou não da maior festa popular brasileira. Só que Lula, muito menos Dino, comentaram sobre a realização ou não do carnaval realizado pelo próprio Governo do Maranhão.

O problema é que enquanto o carnaval não chega, Flávio Dino liberou as festas sem limitação de público e vários megas shows já estão programados para o Maranhão.

A outra situação, no mínimo curiosa, foi que o Governo Dino decidiu prorrogar, por mais seis meses, a requisição administrativa do Hospital das Clínicas Integradas (HCI), que fica no Bequimão. A unidade de saúde é particular, mas está sob a gestão estadual para atender pacientes com Covid-19.

O detalhe é que para justificar essa prorrogação, mesmo com números baixos da Covid-19, foi “imprevisibilidade da pandemia”, citando  a nova onda de países da Europa.

Ou seja, para liberar as máscaras o entendimento foi um, mas para seguir investindo dinheiro público num hospital privado o entendimento é outro.

É aguardar e conferir.