O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), utilizou as redes sociais, nesta quarta-feira (24), para criticar uma proposta que revoga a “PEC da Bengala”, aprovada em 2015 pelo Congresso Nacional.

A PEC da Bengala estabeleceu a aposentadoria compulsória de ministros de tribunais superiores e do Tribunal de Contas da União (TCU) aos 75 anos, mas a nova Proposta de Emenda a Constituição pretende reduzir essa idade para 70 anos. A nova proposta é da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF).

Para Flávio Dino, não se pode aposentar ministros do Supremo usando atos políticos e comparou a iniciativa com algo que aconteceu em 1969, durante o AI 5.

“É possível aposentar ministros do Supremo usando atos políticos ? Não, por ser obviamente inconstitucional. A última vez que aconteceu no Brasil foi em 1969 e decorreu da edição do AI 5, no auge da ditadura militar, quando não havia Estado de Direito”, criticou Flávio Dino.

Só que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (23), por 35 votos a 24, a admissibilidade da PEC. A autora justifica a proposta querendo oxigenar carreira da magistratura, que no seu entender ficou ainda mais estagnada após a aprovação, em 2015, da PEC da Bengala.

Caso seja aprovada e utilizada para os atuais ministros, a nova PEC permitiria a aposentadoria imediata dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e Rosa Weber, ambos de 73 anos, que, pela regra atual, se aposentam somente em 2023.

É aguardar e conferir.