Por Joaquim Haickel
Enquanto ocupei o cargo de secretário de comunicação de São Luís, me abstive de fazer uma das coisas que mais gosto, que é analisar os cenários políticos e comentar sobre aquilo que acredito possa vir a acontecer em cada uma das possibilidades que neles se apresentem.
Se fizesse de forma diferente, poderia parecer para alguns, que eu estaria na verdade expondo propositalmente o pensamento do prefeito Eduardo Braide, o que eu até poderia fazer se esse fosse o estilo dele, coisa que não o é. Para outros poderia parecer que eu estaria vazando informações sigilosas do prefeito, coisa que eu jamais faria, até porque uma das coisas mais difíceis no atual cenário político maranhense é ler com clareza e exatidão o que Eduardo pensa, devido ao fato dele ser extremamente discreto e contido no que diz respeito às suas estratégias e posições políticas.
O melhor que tinha a fazer era me manifestar o menos que pudesse, e foi o que eu fiz.
Hoje, já não mais na SECOM, ninguém poderá dizer que eu estou falando pelo prefeito ou deixando escapar alguma informação sigilosa vinda dele.
Dito isso, vamos direto ao assunto. Gosto de analisar cenários políticos e imaginar como eles podem ficar. Faço isso instintivamente, e como todo instinto, é difícil de ser domado.
Na tentativa de definir o que está acontecendo na política maranhense neste momento, esculpi uma frase que até parece sinopse de filme de Christopher Nolan, “À proporção que o tempo passa, o espaço se afunila”. Se bem que prefiro frases mais para títulos de filmes de Frank Capra: “Do mundo nada se leva” ou “A felicidade não se compra”.
Tudo isso parece muito óbvio, porém, os possíveis cenários políticos do Maranhão são tudo, menos óbvios. Vejam só: A distância temporal do pleito é um fator preponderante. Muito pode acontecer em um ano; As indefinições partidárias pesam no contexto, inclusive quanto a volta das coligações; A conjuntura nacional implicará decisivamente no resultado das eleições estaduais, e no Maranhão isso será ainda mais decisivo, tendo em vista a rusga pessoal entre o governador e o presidente; A grande quantidade de candidatos, inicialmente postos nas pesquisas, dificulta o claro entendimento da realidade política maranhense; A demora do governador na definição de quem será o candidato de seu grupo político, trava o tatame de combate interno do grupo palaciano e nos deixa sem perspectivas claras; As definições antecipadas de apoio a esse ou a aquele candidato, engessa a disputa e faz com que os indecisos busquem grupos onde possam ter mais visibilidade e prestígio…
Além disso, a falta de informações mais precisas e mais confiáveis, sobre como pensam e como poderão agir em cada situação possível, personagens importantes dessa ópera, como Roseana Sarney, Roberto Rocha e Josimar de Maranhãozinho, aumenta a dificuldade de leitura do contexto. Inclusive o fato de não se saber como se posicionará o prefeito Eduardo Braide, é um agravante nisso tudo.
Por falar nesses quatro destacados personagens da política maranhense, um importante analista amigo meu colocou uma pulga, grande e ruidosa, atrás de minha orelha. Garantiu a mim que há uma imensa possibilidade dos três primeiros nomes citados no parágrafo anterior, se juntarem para apoiar Edvaldo Holanda Junior, fazendo com que o ex-prefeito de São Luís, que é reconhecidamente uma boa pessoa, possa se viabilizar e garantir uma vaga no segundo turno das eleições de governador do ano que vem. Candidatura que se realmente chegar ao segundo turno, teria o decisivo apoio também do quarto nome citado, até por instinto de sobrevivência.
Nada disso é certo, mas se acontecer desta forma, a disputa pelo governo do Maranhão, deverá ser realmente entre Edvaldo e Brandão ou Weverton.
Como dizia o velho Lister Caldas: “Quem viver, verá”.
PS: Passei algum tempo sem escrever sobre política, mas pelo visto é realmente verdade que o hábito do cachimbo deixa a boca torta!…
Parabéns , sempre preciso! A conjuntura atual (que pode vir a mudar, ou não rsrsrs) é justamente essa!
Edivaldo será o futuro governador do Maranhão
Edivaldo é o nome menos pior que temos
Acho que é clara a tentativa de fabricar no ex prefeito da capital um administrador com envergadura suficiente pra encarar o executivo estadual. Não custa nada colocá-lo pra ser avaliado pelo eleitorado, aliás, talvez, é o único que não tem nada a perder. A não ser a exposição pública de quem foi um gestor que sentou no colo do governador pra evitar perder o controle da prefeitura. Talvez o atual cenário prove, com esta conjuntura, o fracasso retumbante de nomes com Roberto Rocha, a covardia de Roseana e a dificuldade do governador em controlar o ímpeto de alguns caciques de seu grupo, além de ratificar o sepultamento do outrora grupo Sarney, incapaz de produzir um herdeiro que se apresente com dignidade como opção aos maranhenses.
tamo junto com LAHESIO BOMFIM!!!!
Estava com saudade das análises políticas de Joaquim Raickel por aqui.
Muito bem analisado.
Edivaldo Holanda de longe o melhor candidato. Rosinha senadora. Flávio Secratario de Edivaldo. Isso se FD não inventar mais essas operações da Seccor sem anestesia.
Só se esqueceu de quem realmente vai ganhar !
Lahésio Bonfim (O Maranhão tem jeito sim)