Diante da nova celeuma entre Governo do Maranhão e a Prefeitura de São Luís na vacinação contra a Covid-19, agora referente a 2ª dose, que era um problema já esperado (reveja), a Secretaria de Saúde do Estado emitiu uma Nota sobre o assunto.

Diante da quantidade de pessoas que se vacinaram com a 1ª dose pela SES e agora tem procurado os postos da Prefeitura de São Luís para o recebimento da 2ª dose, a gestão Eduardo Braide encaminhou ofício ao Governo do Maranhão querendo saber o quantitativo de primeiras doses aplicadas pela SES, na capital maranhense e, a partir desses dados, o repasse das segundas doses para que a Prefeitura de São Luís possa vacinar essas pessoas, pois do contrário será inviável que isso aconteça, já que quem se vacinou nos postos municipais da capital podem acabar ficando sem a 2ª dose.

Só que a SES, através de uma Nota, justificou que “o Sistema Único de Saúde (SUS) é universal. Como tal, o SUS pode ser utilizado por todo brasileiro em qualquer cidade na qual esteja naquele momento. Deste modo, a SES informa que o mesmo vale para as etapas de vacinação, incluindo as fases referentes ao ciclo de imunização contra a Covid-19”. Ou seja, segundo a Nota da SES a pessoa tem o direito de buscar a vacinação contra a Covid-19 em qualquer lugar, independente do seu endereço.

No entanto, uma exigência da própria SES contradiz o argumento da tal Nota. A SES tem exigido nos arraiais da vacinação e até mesmo no mutirão da 2ª dose na Cidade Olímpica, o comprovante de residência das pessoas que estão sendo vacinadas.

“Para a vacinação devem ser apresentados RG, CPF, Cartão do SUS e comprovantes de residência e de aplicação da primeira dose”, diz trecho do release (veja aqui).

Ora, mas se pela Nota da SES a pessoa que será vacinada não necessariamente precisa morar na cidade ou bairro onde está sendo vacinado, qual a obrigatoriedade de levar um comprovante de endereço???

Sendo assim, a própria exigência correta da SES, contradiz a Nota equivocada da mesma SES.

É simples assim.