O senador maranhense Roberto Rocha, nas redes sociais, criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que ordenou a prisão do ex-deputado e presidente do PTB Nacional, Roberto Jefferson.

Roberto Rocha entende que o STF errou ao decretar a prisão de Roberto Jefferson antes mesmo de instaurar um processo, que asseguraria a ampla defesa e o contraditório. Veja abaixo a postagem do senador maranhense diante do episódio.

Dos três poderes da República, justamente o Judiciário é aquele que historicamente tem sido o mais prudente, o mais ponderado em suas decisões. Por ser um poder com um timing diferente dos demais, que dialoga com o passado, para fundamentar suas decisões, e com o futuro, para dar garantias permanentes aos cidadãos.

Isso, infelizmente vem se transformando nos últimos tempos.

Quando vejo o Supremo Tribunal Federal, pela pena de um juiz, decretar a prisão de um agente político antes de instalar o devido processo legal, pressinto que esse caminho não conduza a bons resultados.

Que ameaças reais o presidente do PTB, Roberto Jefferson, representa às instituições democráticas? Por que medidas cautelares não se aplicam ao seu caso?

O STF deve ser o bombeiro constitucional da Nação. Não pode agir como incendiário, desconhecendo as ameaças de disrupção institucional que estão no ar, pelas vozes mais radicais.

Depois da prisão, qual é a escalada? Pena de morte?

Na democracia quem controla poder é poder. O povo pode dar ou tirar o poder, mas quem o controla é poder. Quem controla um senador é o STF, não um juiz. Quem controla o ministro do STF é o Senado, não um senador.

Sou membro do Senado Federal, e para não ficar para história como omisso, estou publicando minha posição.

Nossa ordem constitucional não pode estar presa a arroubos, que podem e devem merecer punição, mas não por demonstração de força que só cabe à Constituição, jamais aos juízes.

Roberto Jefferson foi preso na sexta-feira (13), pela Polícia Federal, por determinação do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, a prisão dentro do chamado inquérito da milícia digital.