Apesar do Consórcio Nordeste, atualmente presidido pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), ter confirmado a assinatura do Termo de Compromisso com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de importação excepcional da vacina russa Sputnik V, a chegada do imunizante ao Brasil deve sofrer novo revés.

Os governadores do Nordeste estavam com a expectativa de receber as doses da vacina russa nesta semana, mas dificilmente isso irá acontecer.

A ANVISA, que ainda não aprovou totalmente o seu uso emergencial da Sputnik V, destacou que ainda não tem previsão de quando concederá a autorização para entrada do imunizante no país. Segundo fontes da Agência, “ainda há etapas para a serem cumpridas antes da efetivação da importação”, foi o que revelou o Portal R7.

Os governadores compraram 1,145 milhão de doses do chamado “lote experimental”, suficiente para a aplicação em 1% da população dos estados. “Já está tudo certo com o Fundo Soberano Russo para embarque, chegando no Recife”, declara o governador do Piauí, Wellington Dias, presidente do Consórcio Nordeste. A data da importação “depende apenas da liberação da Anvisa”, completa.

Isso sem falar na dificuldade que os gestores deverão ter para convencer a população a se imunizarem com a vacina diante de tantas polêmicas e sem o aval total da ANVISA.

Ao que parece o Consórcio Nordeste deve utilizar recursos públicos para mais uma investida equivocada na pandemia. Lembrando que o tal consórcio comprou respiradores que nunca chegaram para a população, aparelhos que poderiam ter evitado muitas mortes na região.

Além disso, a CGU (Controladoria Geral da União), após estudos, afirmou que respiradores mecânicos no período foram adquiridos em média por R$ 87 mil, mas o Maranhão teria pago quase R$ 200 mil, em média, por cada um dos aparelhos, que jamais foram entregues.

É aguardar e conferir.