O Consórcio Nordeste, atualmente presidido pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT), confirmou a assinatura do Termo de Compromisso com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de importação excepcional da vacina russa Sputnik V.

A expectativa é que as doses adquiridas pelo Consórcio Nordeste, cerca de 37 milhões, cheguem ao Brasil na próxima semana e caberá ao Maranhão algo em torno de 141 mil doses.

O problema é que a vacina Sputnik V, que ainda não teve totalmente aprovado o seu uso emergencial, chegará ao Maranhão em meio a desconfiança dos maranhenses, principalmente pela polêmica criada em torno do imunizante, tanto que o Governo Federal não deve adquirir nenhuma dose da vacina.

A ANVISA chegou a afirmar que a vacina foi incialmente recusada por ausência de documentação apresentada, sem garantir a eficácia e a segurança do imunizante. Gustavo Mendes, gerente geral de Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, afirmou que o fabricante da Sputnik V não apresentou a análise de segurança da vacina por faixa etária, por comorbidades e para soropositivos para o SARS-CoV-2. Além disso, a empresa também não demonstrou que controla de forma eficiente o processo para evitar outros vírus contaminantes durante a produção do imunizante.

Diante desse cenário, a expectativa é que o governador do Maranhão, Flávio Dino, tenha enorme dificuldades para convencer os maranhenses a se imunizarem contra a Covid-19, através da Sputnik V. Lembrando que já existe pessoas que estão recusando a imunização através da Coronav, que tem a aprovação da ANVISA, imagina pela vacina russa. Vale lembrar que Dino precisou ofertar prêmio para que os maranhenses tomem a 2ª dose das vacinas, mas os esforço deverá ser dobrado para convencer as pessoas a receberem a Sputnik V.

Ao que parece o Consórcio Nordeste deve utilizar recursos públicos para mais uma investida equivocada na pandemia. Lembrando que o tal consórcio comprou respiradores que nunca chegaram para a população, aparelhos que poderiam ter evitado muitas mortes na região.

Além disso, a CGU (Controladoria Geral da União), após estudos, afirmou que respiradores mecânicos no período foram adquiridos em média por R$ 87 mil, mas o Maranhão teria pago quase R$ 200 mil, em média, por cada um dos aparelhos, que jamais foram entregues.

É aguardar e conferir, mas tem tudo para ser mais uma lambança do Consórcio Nordeste, com o aval do governador Flávio Dino.