O governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), como este Blog já demonstrou, está longe de ser um político coerente e segue confirmando isso no seu dia a dia.

A mais nova incoerência do ex-comunista e novo socialista é com relação as CPI’s, daqui do Maranhão e de Brasília.

Flávio Dino tem vibrado com as investigações dos senadores sobre as condutas adotadas pelo Governo Bolsonaro na pandemia e chegou afirmar, nesta quinta-feira (08), que, mesmo com toda essa desenvoltura da CPI, inclusive determinando prisão de depoentes, a comissão estaria sendo coagida.

“Todos os governos, após a ditadura militar, foram investigados em CPIs. Todas funcionaram. A única que está sendo coagida é esta da pandemia. Isso é inaceitável. Civis e militares devem respeitar a Constituição e o Senado. Ameaça é coisa de miliciano”, afirmou.

No entanto, que lê e/ou ouve o governador maranhense se posicionando desta maneira, não vai acreditar que o mesmo Flávio Dino assinou um documento que pedia ao Supremo Tribunal Federal para que os governadores não fossem convocados na CPI para prestarem esclarecimentos sobre desvios de verbas federais, que os gestores receberam durante o combate a Covid-19.

Além disso, Flávio Dino é o mesmo que não deixou que outras CPI’s fossem instaladas na Assembleia Legislativa, cujo alvo fosse ações de suas gestões. Em alguns casos, deputados governistas chegaram a assinar o pedido de instalação, mas recuaram e retiraram a assinatura, após interferência do Palácio dos Leões.

E quando se conseguiu abrir uma CPI no Maranhão, como a CPI do Combustível, Dino, que se diz favorável a transparência, não ordenou que um assessor direto seu, como é o caso do secretário de Fazenda, Marcellus Ribeiro Alves, prestasse esclarecimentos na comissão.

Marcellus chegou a ser convidado, já que a base governista não permitiu a convocação, para explicar o impacto dos vários reajustes do ICMS do Maranhão no alto valor do combustível no estado, mas o secretário não se deu ao trabalho de comparecer na CPI e ficou por isso mesmo.

E é exatamente assim o entendimento do incoerente Flávio Dino sobre CPI’s, a investigação até pode acontecer, mas precisa ser bem seletiva e passar bem distante dele, proximidade apenas dos seus adversários políticos.