O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), iniciou a coletiva sobre a Covid-19, desta sexta-feira (11), criticando o presidente da República, Jair Bolsonaro, pelo pedido de uma parecer ao Ministério da Saúde sobre a retirada de máscaras para pessoas já imunizadas e as recuperadas da doença. O comunista adiantou que independente da decisão do Governo Federal, no Maranhão a obrigatoriedade do uso de máscara seguirá valendo.

Dino também tentou justificar, após ser cobrados por outros prefeitos, a velocidade da imunização, principalmente em São Luís, com relação a outros municípios fora da Grande Ilha. O comunista justificou afirmando que isso aconteceu pelo fato do Ministério da Saúde ter orientado que as vacinas da Pfizer fossem utilizadas preferencialmente nos municípios de capital. No entanto, Dino esqueceu de dizer que tem feito Arraial de Vacinação na Grande Ilha, mas sem exclusivamente utilizar a Pfizer e também esqueceu de comentar que outros municípios fora da Ilha também receberam doses da Pfizer.

O governador ainda disse que a situação será repetida com a vacina americana Janssen, apesar de alguns prefeitos pedirem para que os municípios da Grande Ilha fossem excluídos para equilibrar a imunização entre todos as cidades maranhenses. Dino afirmou que seguirá a orientação do Ministério da Saúde e a maioria dessas vacinas, por uma questão de logística, devem permanecer na Grande Ilha.

Flávio Dino confirmou que o Arraial da Vacinação, que acontecerá neste fim de semana, atenderá a população dos quatro municípios da Grande Ilha, justamente onde a imunização está avançada. Ou seja, o próprio governador vai se contradizendo, já que outros locais, com vacinação mais atrasadas perante aos municípios da Grande Ilha, é que deveria receber a ação do Governo do Maranhão.

Dino afirmou inclusive que ainda existem 51 municípios, dos 217 do Maranhão, ainda não alcançaram 85% na aplicação e/ou alimentação do sistema do Ministério da Saúde sobre a vacinação. Esses municípios, por determinação do governador, não irão receber novas doses de imunizantes contra a Covid-19. O comunista adiantou que para próxima semana a cobrança deve aumentar e somente municípios que alcançarem 90% de aplicação das doses recebidas irão receber novas vacinas.

O governador destacou ainda que o Brasil tem a média de 2.259 óbitos por milhão de habitantes, enquanto que no Maranhão a média é de 1.170 óbitos a cada milhão de habitantes. No entanto, a preocupação é com a alta hospitalar pelas internações nas unidades de saúde por conta da Covid-19.

Sobre as medidas restritivas, apesar do cenário, o governador Flávio Dino manteve as atuais restrições, sem ampliar ou diminuir as restrições, mas lembrou que cada município pode fazer o seu próprio decreto. As atuais medidas serão prorrogadas até o dia 21 de junho.