Presidente da Frente Parlamentar Quilombola e Combate ao Racismo, o deputado Bira do Pindaré (PSB) participou, nesta terça-feira (08), da Mobilização Nacional em Defesa do PNAE. As comunidades quilombolas, indígenas e tradicionais estão entre as mais ameaçadas pelas propostas que alteram o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).

Em sua fala, o parlamentar classificou o movimento como uma luta fundamental porque, segundo ele, é um programa que assegura alimentação escolar e, mais do que isso, apoia e incentiva a agricultura familiar. Por Lei, 30% dos recursos devem ser aplicados em alimentos oriundos desse setor, o que garante alimentação saudável nas escolas.

“O PNAE é a conciliação de 2 políticas públicas estratégicas para o desenvolvimento do nosso país, que precisa disso com urgência em razão da pandemia provocada pelo coronavírus e agravada pelo vírus do ‘bolsonarismo’. O segundo tem destruído políticas públicas essenciais para o Brasil”, frisou.

Como exemplo do que chamou de ‘política nefasta’, Bira lembrou a postura do governo Bolsonaro frente a políticas públicas importantes para o desenvolvimento social e econômico no país. É o caso dos cortes na educação, a perseguição às comunidades tradicionais, a falta de apoio aos trabalhadores e trabalhadoras e a postura criminosa no enfrentamento à pandemia.

“Esse governo prega o extermínio dos povos quilombolas, indígenas e tradicionais. Não é uma restrição, é uma carga de um ódio presente e constante em todas as ações. A política do governo Bolsonaro é uma política genocida. Em plena pandemia, não comprou a vacina e ainda atrapalhou. Os brasileiros e brasileiras morrendo com falta de ar e ele debochando, receitando cloroquina e provocando aglomerações”, sublinhou.

Sobre a Agricultura Familiar, o deputado pontuou como mais uma vítima do governo Bolsonaro e dos governistas. “O Projeto de Lei Assis Ramos é um exemplo disso: Não foi votado até hoje exatamente porque apoia os trabalhadores e as trabalhadoras rurais. O projeto dos quilombolas e indígenas foi o mais vetado da Câmara: 22 vetos!”, acrescentou.

O maranhense afirmou que não aceita o ódio do grupo Bolsonaro e conclamou brasileiros e brasileiras a se unirem em defesa do PNAE e de pautas que atacam os direitos da população. Ele disse também que é por essa razão que defende o Programa Nacional de Alimentação Escolar.

“A Frente Parlamentar Quilombola e Combate ao Racismo está nessa luta, porque o Brasil, a pobreza, a desigualdade social e a discriminação existe têm cor, e é preta! A nossa luta é por todos e todos que lutaram contra a escravidão e continuam resistindo nos quilombos desse país. Vamos derrotar esse governo. Vamos vencer!”, concluiu.