Por José Sarney
Todos elogiam e tiram o chapéu à liberdade de imprensa. Muitas vezes é um gesto repetitivo para agradar àquela que faz ou desfaz a opinião pública, outras vezes é medo de desafiá-la, mesmo que seja desafiar a verdade.
Mas qualquer que seja a motivação, tudo será pouco no elogio ao trabalho desenvolvido pela mídia nos tempos trágicos que estamos vivendo da atual Pandemia. A Primeira Emenda da Constituição Americana, que faz parte das dez emendas do Bill of Rights, garante as liberdades individuais: de religião, opinião, imprensa, reunião, petição. Jefferson, que estava na França durante a elaboração da Constituição, desejava que a declaração de direitos fosse incluída na Carta, mas seu grande amigo Madison não quis colocá-la no texto definido pela Convenção de Filadélfia. Na ratificação, Madison viu que era necessário que fizesse parte formal da Carta e conduziu a aprovação das emendas que completaram a genial construção jurídica da Constituição.
Graças à mídia, consolidada como instituição livre, foi possível ter êxito no tratamento da Pandemia, que envolveu a divulgação de aspectos científicos, políticos, econômicos e a disseminação dos comportamentos efetivos para combatê-la.
Quando surgiu a Pandemia nada existia que pudesse contê-la. Os instrumentos de que nos socorremos foram os clássicos, que eram a única defesa contra essa tragédia que estamos vivendo, e com os quais durante muito tempo ainda temos que conviver: lavar as mãos, usar máscaras e evitar aglomerações, onde é mais fácil disseminar o vírus assassino que chegava. Nada se sabia sobre a doença. Nenhum remédio por descobrir ou descoberto para outras doenças que pudesse nos salvar.
Dois setores da sociedade nos socorreram: primeiro, nunca tínhamos testemunhado a união de todos os cientistas do mundo, que, num trabalho gigantesco, desenvolveram em prazo curtíssimo as vacinas que começaram a surgir em muitos países, saindo à frente os países ricos, onde existiam maiores e melhores recursos humanos.
O outro setor foi o da imprensa, com seus instrumentos atuais e sua globalização, a informar, difundir orientações e bombardear, nas 24 horas do dia, a melhor maneira de conduzir-se para fugir da morte. Para isso, durante todo o tempo, muitos profissionais se expuseram heroicamente e até perderam a vida no necessário combate às fakes news, às mentiras e às descrenças que ameaçam a humanidade. Destruir charlatões, falsos profetas e impor a ciência como única maneira de se salvar.
Sem informação, sem consciência da gravidade da situação, do perigo, dos males seria impossível enfrentar a Covid.
O Brasil teve dilemas e falsidades que tiveram de ser desfeitos e, mesmo assim, sem o trabalho heroico, a dedicação, a honestidade e o idealismo dos seus profissionais não teríamos nem os resultados débeis que apresentamos com nossos quinhentos mil mortos e a saudade, a dor e a destruição das muitas famílias, que perderam pais, mães, filhos e amigos.
Aos nossos profissionais da mídia — todas elas — somos devedores desse heroísmo com que cumprem com glória o dever profissional.
Sarney insano já deve estar passando bosta na parede. Quem ficou na linha de frente e que merecem nossos mais sinceros respeito e reconhecimento foram os profissionais de saúde e dos cemitérios (sem contar os que não pararam de trabalhar na pandemia, como o pessoal de supermercado, farmácias, etc. o tempo todo expostos) . A vacina saiu rápida, mas ninguém sabe o preço disto. A imprensa, com raras exceções, contribuiu para o clima de terror e politização da pandemia.
Menos, sarney gaga. Respeite quem perdeu a vida para a vida continuar.
Perfeito.
Tudo que Sarney escreve tem um viés de interesse. Quem não sabe que a imprensa brasileira fez foi atrapalhar o combate à Pandemia.
Prefiro o Sarney como um político maquiavélico em vez de um cronista semanal de jornal. Prefiro igualmente Sarney quando tinha como copy desk Odylo Costa Filho, Bandeira Tribuzi, Joaquim Campelo, Napoleão Saboia, Fernando César Mesquita e até o Pipoca lhe auxiliando em seus escritos Hoje os textos dele não impressionam mais ninguém.
sarney perdeu mais uma oportunidade de recolher-se a museu de insignificâncias.
Neste momento, a imprensa profissional, com raras e honrosas exceções, mais opina tendenciosamente, desinforma e politiza, que cumpre seu dever de narrar fatos.