A Comissão de Educação da Câmara Federal recebeu, na terça-feira (01), o ministro Paulo Guedes. Durante a Audiência, a Oposição fez diversas críticas à postura e às declarações do chefe da Economia, sobretudo no que diz respeito à pasta. Um deles foi o deputado Bira do Pindaré (PSB), que afirmou que o Governo Federal só ataca as despesas que interessam a população, como é o caso dos investimentos da educação.

“O ministro passou o tempo inteiro reclamando das despesas com a Educação, que, segundo ele, não param de crescer. A pergunta que faço é a seguinte: Por que vocês não falam das despesas com a dívida? Por que tem que ter corte na Educação e tem que ter aumento dos salários dos ministros e do próprio presidente? Há incoerência nisso”, questionou.

Para Bira é fundamental discutir e efetivar a Reforma Tributária para conseguir alcançar o equilíbrio fiscal que Paulo Guedes e o governo Bolsonaro tanto falam. Nesse sentido, voltou a defender a taxação de lucros, dividendos e das grandes fortunas para garantir receitas efetivas para equilibrar as contas do país. Como exemplo, lembrou que o trabalhador paga o IPVA da moto, mas o rico não paga imposto do iate.

Sobre a desvinculação constitucional das despesas do governo federal, o maranhense classificou como um retrocesso a defesa que o ministro faz para retirar a previsão de obrigação de investimento de pelo menos 18% para a Educação.  “O senhor quer acabar com isso. Não é um retrocesso? Eu não consigo entender”, completou.

Em resposta a uma fala de Paulo Guedes de que ‘quem decide e comanda é a política’, o parlamentar lamentou que a política dominante do governo Bolsonaro seja a política da destruição.

“A destruição dos direitos trabalhistas, dos direitos sociais, do meio ambiente, a destruição dos serviços públicos com a PEC 32, a destruição do patrimônio público com a privatização da Eletrobrás, dos Correios, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, da Empresa Brasil de Comunicação. Até quando continuaremos com essa política de destruição que está acabando com o povo brasileiro, com aumento de combustível, de gás, de feijão? Ninguém aguenta mais”, concluiu.