Por José Sarney
Vivemos num mundo em transformação. A sociedade digital mudou tanta coisa que isso atingiu o nosso modo de pensar. O aspecto mais discutido é o que se chama de “a morte da verdade”. São tantas versões sobre um fato que não se sabe qual é a verdade.
Este problema não é novo. Sempre foi uma questão fundamental e está no centro do Evangelho. Pilatos pergunta a Cristo: “Tu és rei?” Jesus diz que veio para dar “testemunho da verdade”, e Pilatos retruca: “O que é a verdade?” O que acontecia era que falavam “línguas” diferentes: Jesus, a de Deus; Pilatos, a do poder.
Agora nos deparamos com o problema do testemunho, ou melhor, das testemunhas. Querem que elas digam a verdade, mas a verdade é que, para elas, já não existe a verdade. A verdade é uma abstração, algo que lhes querem impor com nomes que lhes são alheios, como fatos, ciência, até mesmo mostrando-lhes gravações com uma imagem em que não se reconhecem. Ora é uma coisa que não foi dita para valer, foi dita para dizer o que querem ouvir.
Além da mentira, há o caso do mentiroso: mente quem diz a mentira ou quem construiu a mentira? Pelo menos é o que está lá no Montaigne: “Eu sei que os gramáticos distinguem dizer mentira de mentir; e dizem que dizer mentira é dizer coisa falsa, mas que se pensa que é verdadeira.” Como a definição da palavra em latim quer dizer ir contra sua consciência “isso só toca àqueles que dizem o contrário do que sabem”.
Mas acrescenta que mentir é “um vício maldito, pois somos homens e só temos uns aos outros pela palavra”; e que depois que se começa a mentir é difícil parar. “Se, como a verdade, a mentira só tivesse uma face, estaríamos em melhores termos. Porque tomaríamos por certo o contrário do que diria o mentiroso. Mas o contrário da verdade tem cem mil rostos e um campo indefinido.”
Assim vai andando a verdade, quer dizer, a mentira. Pois o mentiroso diz o que sabe que é falso, mas quando acha que o que é verdadeiro é falso, não sabe o que dizer, se a falsa verdade ou a verdadeira mentira. E eu podia terminar com o Padre Vieira: “Finalmente, reduzindo todo o discurso, ou discursos: mentem as línguas, porque mentem as imaginações; mentem as línguas, porque mentem os ouvidos; mentem as línguas, porque mentem os olhos; e mentem as línguas, porque tudo mente, e todos mentem.”
Mas, hoje, quando a sociedade se pauta pela rede social e admite várias versões da verdade, pode parecer que não se sabe mais onde está a verdade; no entanto a verdade, aquela que não é versão, mas fato, existe.
Eu mesmo sei uma verdade incontestável: o Brasil precisa vacinar toda a sua população, seguir as recomendações dos cientistas e salvar vidas. Pois há vidas a serem salvas, e com elas o País tem obrigações.
Não é especulação filosófica ou um jogo de palavras. É a realidade que estamos vivendo.
Immanuel Kant (1724 – 1804) em A paz perpétua, quando trata SOBRE O DESACORDO ENTRE A MORAL E A POLITICA A PROPÓSITO DA PAZ PERPÉTUA, apresenta um diálogo entre a política e a moral: A politica diz: ” Sede astutos como como serpentes”, li todo o texto, e relembrando os debates travados na CPI do Senado, transmitido ao vivo, onde as discussões sobre mentira e verdade foi o grande foco, deixando dúvidas sobre o que era uma verdade ou o que era uma mentira visto que os dois lados valiam-se de informações dos vários canais disponiveis, nesse contexto. lembreime de dessa observação de Kant, busquei conhecer os atores para procurar entender o cenário. Até parece que todos leram Kant, más só aprenderam a frase citada.
Esse imortal José Sarney, sabe muito bem descer do muro na hora certa e para o lado que lhe convém e lhe beneficia, este é o imortal José Sarney, que nunca deu um muro em ponta de faça. E agora imortal José Sarney, já que desceu muro e escolher o lado agora veste o colete vermelhão e suspende a bandeira vermelhão e começe agitar e agritar vacinas já e fique em casa, que os comunistas amofadinhas intelectualizados elitezados de mãos finas ganânciosos, vão te salvar povão brasileiro. Arriéguas está é a mais pura verdade pois um dia saberia que um dia você imortal José Sarney, ia se declara altamente comunista vermelhão e inteiramente comunista sem ter pena e nem dó da humanidade.
os viciados na linguagem não tem interpretaçãode leitura hermenêutica apesar da formação, amparados pelos anseios sociais vão de encontro a sua verdade, deixando para os anseios a mentira da razão….e os conceitos para informação das mídias….