O governador do Maranhão e líder do grupo político dominante no estado, Flávio Dino (PCdoB), parece não ter aprendido muito com o erro e a derrota nas eleições em 2020, quando perdeu a disputa para o atual prefeito da capital, Eduardo Braide (Podemos).

Em 2020, o comunista apostou num consórcio de candidatos, permitindo que seu grupo rachasse no segundo turno, principalmente pelas disputas acirradas e até pessoais entre quase todos os candidatos do consórcio, tudo para chegar a fase final da disputa contra Eduardo Braide.

Agora para 2022, Dino segue com a mesma estratégia equivocada. Apesar de já ter definido que será o vice-governador Carlos Brandão o seu sucessor, o comunista segue permitindo que outros nomes, dentro do seu grupo político, tentem se viabilizar para a disputa, justamente por retardar na oficialização da sua decisão.

Ao invés de oficializar o seu nome para 2022 e buscar a maior unidade possível dentro do seu grupo, Flávio Dino, com a sua demora, vai permitindo, mais uma vez, uma disputa interna e novamente um racha maior na sua base. Quando oficializar sua decisão, poderá ser tarde, o estrago já pode ser grande e irreversível.

A sorte de Flávio Dino, pelo menos até agora, é que não surgiu ainda nenhum outro nome fora do seu grupo político para as eleições de 2022, já que isso poderia lhe render uma nova derrota nas urnas.

É aguardar e conferir, mas Flávio Dino precisa entender que está correndo contra o tempo para não sofrer uma nova derrota.