Apesar de alguns governadores e prefeitos não quererem, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado Federal ampliou seu objeto inicial e vai também investigar os repasses do Governo Federal para estados e municípios para o combate a Covid-19.

De acordo com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), além de apurar ações do Governo Federal no enfrentamento à pandemia de coronavírus, cumprindo ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, também vai investigar os repasses feitos a estados e municípios, como desejavam os aliados do presidente da República, Jair Bolsonaro.

A decisão é um meio termo, já que os aliados de Bolsonaro também queriam apurar também a conduta de governadores e prefeitos, mas os senadores, na sua maioria, entenderam que essa responsabilidade caberia as assembleias legislativas e câmaras de vereadores.

Para o governador do Maranhão, Flávio Dino, colocar tudo numa única CPI é uma estratégia para a CPI não andar.

“Colocar tudo numa CPI só é para não andar nada. O certo é fazer uma CPI sobre o governo federal, que é o vetor principal da crise com as ações e omissões do Bolsonaro, a fala sobre “gripezinha”, a máscara, a vacina, o mau uso do dinheiro público, os insumos”, afirmou Dino em entrevista a O Globo.

Os líderes partidários devem indicar integrantes para a CPI da Covid. No total, vão compor a comissão 11 senadores titulares e 7 suplentes, com prazo de 90 dias de trabalho para a conclusão das investigações.

É aguardar e conferir.