Dois secretários de primeira linha do Governo Flávio Dino, Felipe Camarão (Educação) e Rogério Cafeteira (Esporte), devem confirmar, nos próximos dias, as suas respectivas saídas do DEM.

A saída de ambos poderia até ser considerado algo natural, afinal nem Camarão e nem Cafeteira estão nos cargos por indicação do partido, mas sim por iniciativa pessoal do próprio governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB).

O próprio DEM não se considera contemplado na gestão comunista, apesar de ter dois nomes em duas pastas fortes no Governo Dino.

Apesar de natural, as saídas de Camarão e Cafeteira vão apenas confirmar uma ameaça feita pelo comunista durante a eleição de São Luís, no 2º Turno. O DEM, que teve como candidato no 1º Turno, o deputado Neto Evangelista, decidiu apoiar a candidatura vitoriosa de Eduardo Braide (Podemos) para Prefeitura de São Luís.

Naquela oportunidade, foi especulada modificações no Governo Dino, PDT e DEM seriam os alvos e perderiam espaço na gestão do comunista.

Vale lembrar que quando Felipe Camarão chegou a gestão comunista, nem no DEM era filiado. Já a nomeação de Cafeteira, que se filiou no partido na janela partidária de 2018, era um compromisso pessoal de Dino com o seu ex-líder do Governo na Assembleia Legislativa. Além disso, tanto Camarão quanto Cafeteira seguiram a orientação do governador e, a contragosto ou não, estiveram ombreados com Duarte Júnior (Republicanos) no 2º Turno.

PSB e Republicanos são as duas legendas que estão sendo apontadas como principais opções para Felipe Camarão e Rogério Cafeteira.

A questão é que a saída de ambos do DEM, pode novamente requentar o racha na base comunista, principalmente pelo posicionamento do partido diante dos embates entre o vice-governador Carlos Brandão (Republicanos) e o senador Weverton Rocha (PDT).

De qualquer forma, como este Blog já disse em outro momento, o DEM não perderá o que nunca teve (reveja).

É aguardar e conferir.