É de causar indignação a postura que tem sido adotada por boa parte do Ministério Público do Maranhão com relação a Covid-19.

Durante as eleições 2020, convenções partidárias e principalmente campanha eleitoral, foi muito raro se observar uma manifestação por parte do Ministério Público no Maranhão para evitar ações que ajudassem a proliferar o novo coronavírus.

Na maioria da cidades, inclusive na capital maranhense, o MP fez de conta que nada estava acontecendo, parecia cego, surdo e mudo.

No entanto, passado as eleições 2020, o MP lembrou que estamos numa pandemia e que a Covid-19, somente no Maranhão, já infectou quase 200 mil pessoas, sendo que mais de 4 mil perderam a vida.

Após o período eleitoral, o MP já recomendou e conseguiu a anulação de dois concursos públicos, um na cidade de Codó e outro na cidade de São Vicente de Ferrer. A justificativa para a recomendação do MP foi, pasmem, a Covid-19.

O MP fez de conta que não viu e não soube de aglomerações homéricas durante a campanha eleitoral, mas agora tem conseguido evitar a realização de concursos públicos. Ou seja, foi permitido aglomerações nas eleições, mas não será tolerado a realização de concurso público, mesmo sabendo que através dessas provas centenas e/ou milhares de pessoas irão conseguir um emprego e sustentar suas famílias.

O MP também já está de olho bem abertos, os mesmos que estavam fechados nas eleições, para as festas de fim de ano. Em Tutóia, já existe uma recomendação para a não realização da festa de Reveillon na cidade, que já estava programada.

Pelo visto, a “vacina criada” durante a campanha eleitoral já perdeu a eficácia e se depender do, agora, atuante Ministério Público, voltaremos, depois das eleições, a nos preocupar com a Covid-19 e sofrermos novas medidas restritivas.

Só vai ser extremamente difícil embutir isso na cabeça da população.

É aguardar e conferir.