As eleições na quarta maior cidade do estado podem se transformar em um divisor de águas para o timonense. Com um forte sentimento de mudança tomando conta das ruas e com um candidato que representa esse sentimento, a trajetória de poder do grupo Leitoa tem grande chance de acabar. Chefiando a prefeitura desde 1993 – com um hiato de 8 anos, quando Socorro Waquim foi eleita e reeleita -, o grupo tenta emplacar a ex-secretária de educação do município, Dinair veloso, esposa do irmão de criação da mãe do prefeito Luciano Leitoa. Tudo em família.

Mas, pelo que parece, os Leitoa não contavam com o surgimento de um personagem tão próximo do povo como o ex-comandante da PM na cidade, o tenente-coronel Schnneyder (Republicanos). Extremamente determinado, o “comandante” – como é chamado -, percorre toda a cidade ouvindo as pessoas, ao lado de seu vice, Henrique Júnior (Podemos). Os dois vencem qualquer obstáculo para levar uma mensagem apoiada no slogan que resume sua campanha: o povo no comando.

O próprio Schnneyder tem entregue seus panfletos nos semáforos da cidade. É o único dos candidatos que tem ido de porta em porta se apresentar à população. E onde chega é recebido com emoção e olhar de esperança dos eleitores. Algo que está se transformando em uma grande onda, dessas difíceis de explicar. Tanto que acaba de receber o apoio do até então candidato Jaconias Moraes (PSC), fortalecendo ainda mais a união das oposições

Eleição só é decidida na urna. Mas, pelo que se vê, Timon dará fim à última oligarquia ainda existente no Maranhão. A decisão, agora, está nas mãos do povo.