Confesso que fiquei espantado e decepcionado com a postura adotada pelo candidato do DEM a Prefeitura de São Luís, Neto Evangelista.

Em público, Neto tem adotado o perfil de bom moço e defendendo eleições limpas, mas permitiu que o seu novo aliado, de quem ele já disse “não respeitar nem como gente”, Wellington do Curso (PSDB), caluniasse um outro candidato a Prefeitura de São Luís, Eduardo Braide (Podemos).

Neto, mesmo jurando defender eleições limpas, permitiu que no seu horário eleitoral Wellington do Curso criticasse injustamente Braide, por uma decisão interna do PSDB.

Como este Blog já destacou, a decisão de Wellington foi incoerente, pois reforça a base do governador Flávio Dino, de quem, até outro dia, era oposição, sem falar que o próprio Welington foi beneficiado de um situação semelhante em 2016 (reveja).

O curioso é que Neto nunca se posicionou publicamente e/ou jamais permitiu qualquer posicionamento no seu horário eleitoral da ex-governadora Roseana Sarney, que publicamente fez questão de demonstrar que apoiaria o candidato do DEM (reveja).

A impressão que passa é que Neto está envergonhado do apoio de Roseana, afinal o espólio político de Roseana é infinitamente maior que o de Wellington, mas foi o deputado estadual e não a ex-governadora quem utilizou o horário eleitoral do candidato do DEM.

Além disso, o próprio Neto Evangelista, como lembrou o blog do Luis Pablo, subiu na Tribuna da Assembleia Legislativa para dizer que Wellington pertencia a uma oligarquia que seria comandada por Roseana.

A época, o novo aliado de Neto rebateu e afirmou que quem integrou a tal oligarquia foi exatamente o já falecido João Evangelista, ex-presidente da AL e pai do agora candidato do DEM. Neto reagiu e disse que Wellington do Curso deveria aprender “a não tocar em nome de pai morto”. Disse ainda que Wellington não tinha seu “respeito como parlamentar” e “não tem o meu respeito hoje como gente”. Veja o vídeo abaixo.

Espero, sinceramente, que tenha sido apenas um deslize do candidato Neto Evangelista, que ele na prática repita a teoria de eleições limpas e não adote o vale tudo pelo poder. Também seria interessante oportunizar todos os aliados a se posicionarem, inclusive a ex-governadora Roseana Sarney, que, pela sua história política, não ofenderia nenhum outro candidato.

Por fim, a postura de Wellington no então embate com Neto Evangelista, apenas e mais uma vez, reforça toda a sua incoerência no seu posicionamento nas eleições de 2020.

Só que como bem lembrou o ex-prefeito João Castelo, de quem Neto Evangelista já foi vice (assunto para uma outra postagem), na política “até boi voa”. O problema é que essa teoria não se adequa para quem defende a nova política.

É aguardar e conferir.