O governador Flávio Dino (PCdoB) tem defendido, desde o ano passado, a formação de uma frente ampla com partidos e lideranças que sejam contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Mesmo que essas legendas não sejam de esquerda.

E para exemplificar, o comunista acabou falando o que não deveria ao jornal O Globo e deixou o seu pré-candidato a prefeito de São Luís em saia justa. E pior: deixou sua liderança no Maranhão numa saia justíssima, afinal, um fracasso do futuro candidato do PCdoB na capital, fatalmente representaria um fracasso do próprio Dino.

O governador disse que a esquerda pode perder em todas as capitais. O comunista quis falar que é necessário união dos partidos de esquerda e que os espaços para os campos sejam abertos. Tudo isso, claro, com a visão em 2022.

E não somente isso: há um movimento claro do comunista para unir o moribundo PCdoB com o PSB. O fato é que a declaração do comunista em nada favoreceu seu candidato. Rubens Júnior não vem se saindo bem em pesquisas e tem recebido críticas até mesmo dentro do próprio partido.

Sobre as declarações de Flávio Dino e as consequências ruins para o seu pré-candidato, os comunistas e outros aliados ouvidos pela coluna tentam passar a ideia de que somente haverá derrotas da esquerda nas capitais onde este campo político se fragmentar. E este não seria o caso de São Luís.

Mas fica a pergunta: como poderá haver vitória da esquerda na capital maranhense se partidos como PDT, PSB e PCdoB estão em caminhos opostos neste momento? É fato a divisão da esquerda ou o que resta dela no Maranhão. A única união prevista mesmo do campo canhoto é a provável aliança do PT com PCdoB e nada mais.

Não disse – Dos comunistas que não encontraram justificativa para o que disse o governador Flávio Dino tem aqueles que preferem justificar o que foi dito como não sendo exatamente o que se lê.

O que não ficou claro foi qual seria então a interpretação a ser dada nas declarações de Dino sobre a esquerda nas capitais?

Só para lembrar, o que disse Dino foi: “A esquerda poderá perder em todas as capitais brasileiras em novembro, diante dos pré-candidatos escolhidos até o momento”.

Estado Maior