É impressionante a mudança de postura adotada pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), durante a pandemia do novo coronavírus.

No início dessa luta árdua, o comunista deixava claro que a prioridade seria salvar vidas e que a economia, apesar da sua importância, ficaria num segundo plano.

No entanto, neste momento, as prioridades parecem que se inverteram para Flávio Dino, afinal decidiu pelo início da flexibilização justamente no mês de junho, onde já tivemos o maior número de óbitos registrados durante a pandemia.

Somente no mês de junho, já foram registrados 820 óbitos dos 1.797, o que significa que 45,6% das mortes no Maranhão na pandemia foram oficializadas neste mês. Além disso, em quatro oportunidades no mês de junho, o boletim da Secretaria de Saúde registrou 39 óbitos, maior número em 24 horas. Os regIstros foram feitos nos dias 08, 12, 20 e 22.

Só que o comunista ao falar da Covid-19, mais uma vez, parece ignorar essa realidade e foca apenas no número de casos recuperados, tentando justificar os seus passos de flexibilização na pandemia.

E isso jamais esquecendo que existe uma defasagem absurda nos dados da Secretaria de Saúde do Maranhão para os números apresentados pelas prefeituras municipais. Apenas para citar como exemplo o caso da cidade de Vitorino Freire que está em lockdown. Para a SES, Vitorino Freire tem apenas um óbito, isso no último boletim da terça-feira (23). Só que no boletim da prefeitura, também de terça-feira, já são 12 mortes.

Ou seja, as mortes no estado são, infelizmente, ainda maiores dos que as já confirmadas pela SES, mas essa parece que deixou de ser uma prioridade, pelo menos após a mudança de postura do governador Flávio Dino.