Os números de casos de contaminados pelo novo coronavírus no Maranhão se mantém em linha crescente. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), o foco da doença está no interior há pelo menos três semanas. No continente, são mais de 1,5 mil casos novos por dia.

Mesmo assim, o governador Flávio Dino (PCdoB) mantém o planejamento de retomada das atividades econômicas em todo o estado, deixando para os prefeitos a decisão se fechar, ou não, comércios e serviços.

Em entrevista coletiva, Dino deixou claro que o foco da estratégia do governo estadual passa pela Ilha de São Luís. Tanto que as referências que ele apresentou para justificar a manutenção das datas de reabertura de academias (dia 22), bares e restaurantes (dia 29) foi a redução de casos na Grande Ilha.

A única mudança anunciada foi o adiamento – mais uma vez – do retorno das aulas. O governador fixou o dia 1º de agosto para que os alunos voltem às salas de aula.

O que o comunista não deixou claro, de fato, é o trabalho que vem desenvolvendo no interior do estado para evitar mais contaminações. Pelo contrário, usou os números (que como já dito falam mais de São Luís que do interior) para mostrar que abertura de novos leitos já é o suficiente.

Não há previsão de medidas restritivas tão pouco um lockdown com fechamento de entradas e saídas das cidades. Por tudo o que disse o governador, parece que na questão da pandemia da Covid-19, o governo segue deixando a cargo de prefeitos as medidas mais rígidas de isolamento.

Sobre os respiradores – Na entrevista coletiva, o governador Flávio Dino falou a respeito da compra dos respeitadores que nunca chegaram ao Maranhão.

Ele fez um apanhado do que era o cenário para a compra dos aparelhos e disse que não somente os estados do Nordeste foram prejudicados por compras não concretizadas.

Dino comparou o caso do Maranhão com o governo de Jair Bolsonaro, que segundo ele, também comprou respiradores e não recebeu.

Dois calotes – O governador admitiu também que o governo do Maranhão fez duas compras de respiradores por meio do Consórcio do Nordeste e levou calote nas duas situações.

A diferença ocorre somente na questão da devolução do dinheiro (pago adiantado). No segundo calote, o governo estadual recebeu de volta a quantia investida.

Sobre a primeira compra mal sucedida, Dino afirmou que agora é com a Justiça e com o governo da Bahia, estado que ficou na linha de frente da compra dos aparelhos.

Estado Maior