O deputado federal Hildo Rocha cobrou, novamente, apuração de graves denúncias acerca de irregularidades na aplicação de recursos do BNDES concedidos ao governo do Maranhão por meio de empréstimo. Desta vez a cobrança do parlamentar aconteceu durante audiência pública da Comissão Mista CN-Covid-19, feita por teleconferência, que ouviu o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.

 Hildo Rocha é o único deputado federal maranhense que integra a comissão criada com a aprovação do Decreto Legislativo 6/2020 que reconheceu o estado de calamidade no país até 31 de dezembro deste ano. Formada por seis deputados e seis senadores, a comissão, presidida pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO), tem como finalidade acompanhar as ações de combate a pandemia.

Hildo Rocha destacou que ao assumir a presidência da República o presidente Jair Bolsonaro prometeu abrir a caixa preta do BNDES. “Eu fiquei muito feliz e esperançoso. Mas já está com mais de um ano e a caixa preta não foi aberta, se foi aberta eu não tenho notícia. Entretanto eu quero ajudar o presidente a abrir essa caixa preta”, afirmou.

Rocha lembrou que o governo do Maranhão tem dois contratos com o BNDES:  um de R$ 2 bilhões de reais e outro de R$ 1 bilhão e 800 milhões de reais. De acordo com o parlamentar, esses recursos foram usados para custear despesas de campanha eleitoral da reeleição de Flávio Dino.

“Esses recursos foram utilizados para pagar programas de televisão, em nível nacional, e para abastecer blogs nacionais com notícias contra o próprio presidente Jair Bolsonaro”, afirmou o deputado.

Pedido – O parlamentar enfatizou que já fez diversas denúncias acerca de irregularidades na aplicação dos recursos provenientes dos empréstimos contraídos pelo governo maranhense junto ao BNDES.

“Já fiz essa denúncia várias vezes ao próprio BNDES e, em 2018, apresentei o Pedido de Fiscalização e Controle (PFC 163/2018), mas os líderes do PCdoB, partido do governador Flávio Dino, sempre conseguem obstruir a aprovação desse PFC na Comissão de Fiscalização. É lamentável que denúncias tão graves permanecem por tanto tempo sem respostas”, argumentou Hildo Rocha.