Mesmo se dizendo um árduo defensor da democracia, o governador do Maranhão, Flávio Dino, foi um dos primeiros a defender um impeachment do presidente da República, Jair Bolsonaro, eleito democraticamente e com menos de dois anos no cargo.

No entanto, por conta da atual circunstância política, o comunista foi obrigado a recuar. Em uma das inúmeras lives que tem feito, Dino admitiu que a oposição a Bolsnaro, nesse momento, sairia derrotada em um eventual processo de impeachment.

Apesar de reafirmar que juridicamente Bolsonaro merece o impeachment, politicamente Dino entende que após trazer o Centrão para o governo, a oposição não teria número suficiente para retirar Bolsonaro da Presidência da República.

“Juridicamente, não há dúvida que há espaço [para o impeachment]. Mas tem outros temperos, ditados pelo fato de o processo de impeachment não ser puramente jurídico, mas antologicamente político. Você tem que analisar a situação concreta, no palco onde isso se desenrola, ou seja, no Congresso. Nós não temos 2/3 para votar o impeachment. Nem metade”, afirmou o comunista.

Ou seja, mesmo que contra a sua vontade, Flávio Dino é obrigado a recuar da estratégia de um impeachment contra Jair Bolsonaro.