É bem verdade que na última coletiva, o governador do Maranhão, Flávio Dino, tentou, até pediu gráfico emprestado, mas não conseguiu justificar a sua mudança de postura e agora, antes da Covid-19 alcançar o pico no estado, quer iniciar a flexibilização do isolamento.

Para piorar, dia após dia, os números desautorizam o comunista a tomar uma decisão que pode agravar a situação no Maranhão e ceifar a vida de muitos outros maranhenses.

O próprio governador classificou a iniciativa como uma “experiência”, mas além de ser perigoso se fazer “experiência” envolvendo vidas, o atual momento da doença no Maranhão é o pior, desautorizando o comunista a fazer tal “experiência”.

Nos dois últimos boletins da Secretaria da Saúde do Maranhão, tivemos, dia após dia, recorde no número de novos casos. Na quinta-feira (21), foram registrados 1.154 novos casos de Covid-19, era o maior número em 24 horas. Só que o boletim da sexta-feira (22), foi ainda pior. Em 24 horas foram registrados 1.556 casos.

Na Região Metropolitana, onde se imaginava que as coisas estariam melhorando, pulamos de 60 novos casos na quinta-feira, para 468 novos registros na sexta-feira. Já no interior, onde a situação é mais grave, foram mais de mil registros por dia, nos últimos dois boletins da SES.

O número de óbitos segue grande também, por dois dias já alcançamos o registro de 30 mortes em 24 horas, a média na última semana foi de aproximadamente 28 óbitos. A última vez que um boletim registrou um número abaixo de 25 mortes, foi no dia 12 de maio, com 21 óbitos.

Além disso, a doença está chegando em praticamente todo o Maranhão, faltando cerca de dez cidades para que todos os 217 municípios possuam o registro da doença.

Só que mesmo com todo esse cenário, o governador Flávio Dino muda a postura adotada, desde o início da pandemia, e pretende mesmo fazer essa “experiência” de flexibilizar o isolamento a partir da segunda-feira (25). A decisão além de ser incoerente com a postura inicial, vai na contramão dos estados que ainda possuem números altos da doença, esses seguem com as medidas restritivas de isolamento.

O comunista só precisa ter uma coisa em mente, ele será o único responsável por um eventual fracasso dessa “experiência” e não vai adiantar, como de costume, tentar transferir a responsabilidade para os outros, pois os números claramente desautorizam ele a iniciar, neste momento, a flexibilização do isolamento.

É aguardar, conferir e principalmente rezar.