Pelas declarações do governador Flávio Dino (PCdoB) desde a semana passada, a previsão é de que hoje ele anuncie novas medidas relacionadas com a crise sanitária causada pelo novo coronavírus. O comunista disse isso em sua última entrevista coletiva e também confirmou ao responder ao site Uol sobre a inclusão de salão, barbearia e academia como serviços essenciais pelo presidente da República Jair Bolsonaro.

“No Maranhão, nada muda até dia 20”, disse o governador maranhense na semana passada. E o que mudará? O isolamento social começará a ser flexibilizado. Conforme mostrou O Estado em sua edição do fim de semana, a flexibilização das atividades começará pelo comércio.

A dúvida que ainda existe é se essa abertura gradual já se inicia amanhã ou ficará com a previsão que os empresários trabalham, que é dia 25, na próxima segunda-feira.

Em meio à decisão de afrouxar o isolamento, fica também a dúvida se este é o momento correto para tal medida. Será que os números do Maranhão sobre a Covid-19 já permitem que se possibilite as pessoas a retomarem (mesmo que aos poucos) a vida normal? As medidas sanitárias serão suficientes?

Se o governador confirmar a volta de atividades de forma gradual, o ideal é que ele faça isso baseado em estudos que apontem o momento certo. Porque, se assim não fizer, poderá estar praticando o que condenou no discurso: se preocupar com a economia em um momento em que o importante é salvar vidas.

Turvo – Se for pelos números disponibilizados pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), o horizonte para retomar as atividades comerciais na Ilha de São Luís parece bem turvo.

O número de contaminados ainda é grande e a maioria das mortes se mantém nos quatro municípios da Ilha.

O governo pode argumentar que o interior hoje tem mais número de novos casos, mas vale lembrar que o isolamento para depois do Estreito dos Mosquitos estava largado nas mãos dos prefeitos.

Estado Maior