Não está claro quem autoriza o uso do medicamento cloroquina no Maranhão para tratamento de pacientes com Covid-19 e que tenham comorbidades. O governo do Estado publicizou, no último fim de semana, a distribuição de um kit de fármacos quando os pacientes são receitados para o uso da cloroquina e outros medicamentos entre eles paracetamol.

No site da Secretaria Estadual de Saúde (SES) está exposto o protocolo que prevê o uso da cloroquina em casos graves da Covid-19 e quando o paciente estivesse internado. Entende-se que a prerrogativado do uso, nesse caso, cabe a um médico.

Não se sabe, entretanto, como foram organizados os procedimentos para que as unidades de saúde distribuam os fármacos. Assim como não está claro até que ponto a SES tem responsabilidade no uso de um medicamento, cuja comprovação de sua eficácia contra o novo coronavírus não ficou provada pela comunidade científica.

E é devido a essa falta de respaldo científico que o uso da cloroquina já levou à troca do comando do Ministério da Saúde duas vezes, já que os médicos Henrique Mandetta e Nelson Teich não concordaram com o que queria o presidente da República, Jair Bolsonaro, que é oficializar o uso do medicamento como tratamento para a Covid-19.

Já no Maranhão, o uso da cloroquina vem sendo feito em pacientes, mesmo sem comprovação científica.

As teorias – Nos bastidores, há as mais diversas teorias sobre o uso da cloroquina no Maranhão. Vai desde estratégia para evitar a superlotação do sistema até o uso político do protocolo.

Há ainda quem diga que a intenção do Estado é maquiar os números de casos da Covid-19 no Maranhão.

O que se sabe de fato é que o governador Flávio Dino (PCdoB) tenta passar a ideia de que o uso dos medicamentos são de responsabilidades exclusivas dos médicos e não de sua gestão.

Estado Maior